Uma previsão do fim do mundo, aliada à uma linha de interpretação das profecias do Apocalipse e aos boatos de que em breve o governo brasileiro iniciaria a implantação de chips nos cidadãos levou um vereador a uma iniciativa, no mínimo, inusitada: um projeto de lei que proíbe chips nos moradores de Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo.
Carlos Fontes (PSD) justifica sua proposta dizendo que o fim do mundo está próximo e que com a proibição por lei dos chips, ajudará a impedir uma ordem satânica mundial que através da “marca da besta” vai rastrear as pessoas.
Segundo informações do G1, o vereador é evangélico e acredita que o Apocalipse acontecerá em breve: “Tendo em conta que o fim dos tempos se aproxima, é preciso que as leis se antecipem aos futuros acontecimentos. Sendo assim, urge que se proíba a implantação em seres humanos de chips ou quaisquer outros dispositivos móveis que permitam o rastreamento dos cidadãos”, argumentou.
Fontes destaca que a Organização das Nações Unidas (ONU) vem estudando a implantação de chips em humanos, sob o pretexto de reunir em um único dispositivo, todas as informações pessoais sobre condições de saúde, situação jurídica e financeira, além de conter informações documentais, como passaporte, por exemplo.
O vereador acredita que quem “não tiver a marca da besta” vai viver à margem da sociedade: “A Bíblia Sagrada, no livro de Apocalipse, diz que todas as pessoas deverão ter marcas na mão ou na testa para se inserir na sociedade, seria a marca da besta. Eu não quero ir contra a Palavra de Deus, mas quero alertar a população sobre essa imposição. O projeto pede a proibição, mas as pessoas têm direito de escolha”, explicou o vereador.
O projeto foi protocolado na Câmara de Santa Bárbara d’Oeste na última segunda-feira, 27 de abril, e será analisado pelas comissões da Câmara, que decidirão se a proposta segue para votação ou será arquivada.
Recentemente, um rumor de que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria autorizado um projeto para implantação de dispositivos nos brasileiros tomou conta das redes sociais. O boato, no entanto, foi desmentido.