A construção do Terceiro Templo em Jerusalém vem sendo planejada nos mínimos detalhes pelos judeus, e agora, as plantas da edificação estão quase finalizadas.
A conclusão do projeto não significa o imediato início das obras, uma vez que o local onde o templo original erguido por Salomão foi construído hoje é ocupado por uma mesquita e é local de culto muçulmano, protegido pelo exército da Jordânia.
Mesmo assim, desde 2015, o Instituto do Templo – entidade dedicada a cuidar dos preparativos e fazer com que os judeus de todo o mundo se engajem no projeto – tem divulgado os avanços que faz em termos de confecção de materiais ritualísticos e também de arrecadação para o financiamento da obra.
Em resposta, os países árabes de maioria iniciaram uma ofensiva contra Israel na Unesco, aprovando, com apoio do governo brasileiro, resoluções que negam a ligação do país com o Monte do Templo, mesmo que existam registros históricos e uma prova quase insignificante chamada Muro das Lamentações na área.
A obra
Os rabinos israelenses que se dedicam ao projeto veem a conjuntura das últimas décadas como o cumprimento de profecias judaicas: “Seria difícil não ver o que aconteceu nos últimos 50 anos como um tremendo cumprimento da profecia”, afirmou o rabino Chaim Richman, diretor Internacional do Instituto do Templo.
De acordo com informações do Christian Headlines, o Instituto do Templo tem quase tudo pronto, incluindo o diálogo político com as autoridades de Israel: “Hoje há uma entrada no Knesset (Parlamento de Israel), pois muitos parlamentares estão falando sobre os direitos dos judeus orarem no Monte do Templo”, comentou o rabino Richman.
“Alguns membros do Knesset estão realmente falando sobre a reconstrução do Templo Sagrado. Há 20 anos, essas pessoas ririam disso”, salientou, lembrando da disputa que há pelo local com os muçulmanos, uma vez que a mesquita Al-Aqsa – construída no século VII – é tida como uma das mais importantes do islamismo.
Os templos
O Templo de Salomão, o primeiro, foi construído em 1005 antes de Cristo, e séculos depois, foi totalmente destruído pelo rei da Babilônia, em 586 a.C., quando as forças de Israel caíram após dois anos de cerco a Jerusalém.
O Segundo Templo teve sua construção iniciada em 535 a. C., construído pelos judeus que retornaram depois de décadas no cativeiro babilônico, no mesmo local onde existia o Templo de Salomão. Porém, esse templo foi destruído séculos depois pelo Império Romano, no ano 70 d. C.
A Bíblia Sagrada fala sobre a reconstrução do templo após a segunda destruição, e uma interpretação bastante comum da profecia do capítulo 9 de Daniel associa a obra ao surgimento do anticristo.
Atualmente os judeus podem acessar a área onde está a mesquita Al-Aqsa, mas não podem fazer orações no local. Para impedir a demolição do templo muçulmano por Israel, foi assinado um acordo de paz em 1967 após a chamada Guerra dos Seis Dias, que cedeu o controle da área à Jordânia.