Com a oficialização da candidatura de Marina Silva à presidência da República, parte dos holofotes agora recai sobre o escolhido para vice na chapa, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB).
O parlamentar do Rio Grande do Sul é conhecido por sua estreita relação com os empresários do agronegócio, uma das áreas que Marina Silva mais criticou na eleição de 2010. O desafio de ambos agora é conciliar a agenda de sustentabilidade defendida pela ex-senadora, com a proposta desenvolvimentista que Beto Albuquerque defende.
Outra peculiaridade sobre Beto Albuquerque é que o deputado é favorável ao direito dos casais homossexuais oficializarem sua união, e apesar de ser católico, também é favorável ao aborto nos termos legais, prática que Marina já se manifestou contrária publicamente.
Antes da confirmação de Beto Albuquerque, a viúva de Eduardo Campos, Renata, foi convidada para o cargo, mas negou alegando precisar cuidar dos cinco filhos. A escolha de Albuquerque foi feita pela direção do PSB e aprovada por Renata Campos.
O partido divulgou uma nota dizendo que Renata “entende que a melhor opção partidária na triste circunstância imposta pela tragédia, é para o PSB e para a coligação ‘Unidos pelo Brasil’ convidar os companheiros Marina Silva e Beto Albuquerque para liderar a nossa chapa presidencial”.
O texto continua, afirmando que a viúva, “ainda comovida pelos apelos recebidos do partido e da população, comunica que declina do convite para integrar a chapa ocupando a vice”.
“Ele tem história dentro do partido e tem o respeito de Marina, por isso, foi escolhido. Agora, somos Marina e Beto”, disse Maurício Rands, ex-coordenador da campanha de Eduardo Campos, de acordo com informações do jornal O Dia.
Agora, com a definição do vice, Marina deverá voltar à campanha nas ruas, numa tentativa de confirmar o crescimento nas pesquisas e de encontrar um ponto de equilíbrio entre suas ideias e as propostas defendidas pelo candidato a vice, Beto Albuquerque.