O PT estaria se mobilizando para impor uma espécie de censura prévia às lideranças religiosas e impedir que pastores peçam votos aos fiéis para Jair Bolsonaro (PSL), mesmo se a campanha for realizada fora do templo.
A jornalista Andreza Matais, editora do blog Coluna do Estadão, informou na última terça-feira, 09 de outubro, que “petistas graúdos querem pedir, ainda, maior rigor do TSE na atuação de pastores que usam suas igrejas para pedir votos ao presidenciável Jair Bolsonaro”.
Ainda segundo a matéria publicada no portal do Estadão, “não há consenso” entre as lideranças do PT “se a via jurídica é a mais adequada” para agir contra os pastores.
“O ex-ministro do TSE Marcelo Ribeiro diz que o tema ainda é novo no direito eleitoral, mas que o TSE começa a punir o que considera “abuso do poder religioso”, que é usar a estrutura da religião para pedir voto”, informou Matais, que usou uma imagem do centenário jornal Mensageiro da Paz, das Assembleias de Deus, como ilustração.
Uma reportagem na edição de setembro do Mensageiro da Paz mostrava uma tabela com a postura dos candidatos sobre temas relacionados aos costumes. Nessa tabela – que também percorreu grupos de WhatsApp e redes sociais – apenas Jair Bolsonaro surge como alguém contrário ao aborto, “casamento gay”, liberação das drogas e ideologia de gênero, assuntos que são inegociáveis para as igrejas.
As jornalistas Juliana Braga e Naira Trindade, que colaboraram com a matéria do Estadão, destacaram ainda que na tabela do Mensageiro da Paz, o candidato Fernando Haddad não aparece porque, na ocasião, ainda era vice na chapa de Lula.