A campanha de Fernando Haddad (PT) havia divulgado nas vésperas da votação no primeiro turno das eleições que pretendia buscar uma aproximação com evangélicos, já que havia identificado uma “onda” nesse segmento a favor de Jair Bolsonaro (PSL).
Agora, o PT divulgou um vídeo com manifestações de evangélicos – todos desconhecidos do grande público – que se manifestaram favoravelmente à candidatura de Haddad à presidência da República. O material não traz identificação completa dos apoiadores do petista, e em alguns casos, nem o sobrenome.
A medida foi tomada como parte da estratégia traçada pelos integrantes da campanha de Haddad após a constatação de que as pesquisas mostraram um crescimento vertiginoso do apoio a Bolsonaro entre mulheres, pobres e evangélicas, que ganham até dois salários mínimos. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, essas informações “alarmaram” a direção do PT.
No vídeo divulgado no site de Lula, os evangélicos leem declarações de apoio a Haddad, sempre enaltecendo características do discurso adotado pelo PT. Uma das pessoas que se manifestou a favor do candidato petista foi a pastora Odja Barros, da Igreja Batista do Pinheiro (IBP), que esteve envolvida em uma polêmica ligada à aceitação da homossexualidade em 2016.
A IBP, comandada pelo marido de Odja Barros, pastor Wellington Santos, terminou expulsa da Convenção Batista Brasileira (CBB) por conta da decisão tomada pela congregação alagoana em batizar homossexuais e aceitá-los como membros sem ressalvas por suas escolhas. A expulsão foi determinada em julho de 2016 em uma assembleia extraordinária realizada na cidade de Vitória (ES).
Na ocasião, a CBB destacou que a medida havia sido tomada em favor da preservação de valores bíblicos inegociáveis, e frisou: “Não somos a favor de qualquer tipo de discriminação, mas nos reservamos o direito constitucional de discordar da prática homossexual”.
Confira o vídeo dos evangélicos que declararam apoio a Haddad: