Um rabino compartilhou suas impressões sobre a transferência da embaixada norte-americana em Israel para Jerusalém e afirmou que o reconhecimento da cidade como capital da nação judaica é o cumprimento de quatro profecias bíblicas.
Tuly Weisz, editor do The Israel Bible, publicou o artigo no portal da emissora Christian Broadcasting Network (CBN), se aprofundando sobre como a decisão do presidente Donald Trump se encaixa no que foi profetizado milênios atrás.
No artigo, o rabino aponta o movimento de retorno dos judeus a Israel como algo sobrenatural, previsto no Velho Testamento, assim como o desenvolvimento tecnológico do país, que faz prosperar plantações no deserto e também se levanta como um dos principais criadores de novas tecnologias.
Confira na íntegra:
Quando o presidente Donald Trump transferiu a embaixada dos EUA em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, muitas pessoas de fé rapidamente reconheceram o significado bíblico de tal movimento. Trump, como o rei Ciro antes dele, cumpriu a profecia bíblica, reconhecendo que Jerusalém é a capital eterna do Estado judeu e que o povo judeu merece um Israel justo, livre e soberano.
No entanto, esta não foi a primeira vez nos 70 anos do Estado moderno de Israel que desempenhou-se um papel no cumprimento da profecia bíblica. Muitos dos milagres que estamos testemunhando hoje em Israel foram prometidos na Bíblia há muito tempo.
O recolhimento dos exilados judeus dos 4 cantos do mundo
Ezequiel 34:13a diz: “E eu os tirarei dos povos e os congregarei”.
Este mês, pela primeira vez, Israel ultrapassou a América para se tornar o maior centro populacional judeu do mundo. Acredita-se que o aumento na comunidade judaica tenha sido alimentado por membros que retornaram da diáspora.
Além disso, a população judaica total chegou a 6 milhões, o que traz um significado adicional, já que este era o número de judeus mortos no Holocausto.
Parceria espiritual entre judeus e cristãos
O Estado de Israel, no entanto, não nasceu através do trabalho judeu sozinho. Antes, como profetizado em Esdras 6:14: “E eles construíram e terminaram, de acordo com o decreto do Deus de Israel e de acordo com os decretos de Ciro, Dario e Artaxerxes, rei da Pérsia”. O Estado de Israel nasceu de uma parceria espiritual entre judeus e não-judeus.
Nos tempos bíblicos, foi o decreto de Ciro que permitiu que o povo de Israel retornasse à terra de Israel e reconstruísse o Templo. Em 1917, foi a Declaração Balfour do governo britânico que virou a maré para os judeus no exílio. Da mesma forma, em 1948, quando o presidente dos EUA, Harry Truman, reconheceu o estado de Israel, ele disse: “Eu sou Ciro”. Nos casos de Ciro, Balfour, Truman e agora Trump, foram os não-judeus que serviram como agentes de Deus que facilitaram o retorno do povo judeu à sua terra.
Nós lemos em Isaías 49:22 que o Senhor “acenará para as nações, eu levantarei minha bandeira para os povos. Eles vão trazer seus filhos em seus braços e levar suas filhas em seus quadris”. Esta profecia está sendo cumprida pelo número sem precedentes de não-judeus que visitam, apóiam e oram por Israel.
A Revitalização do Idioma Hebraico
O profeta Sofonias descreve como no fim dos dias todas as nações do mundo terão “pureza de fala”. “Pois então tornarei os povos puros de linguagem, para que todos invoquem Hashem pelo nome e O sirvam de comum acordo”( Sofonias 3: 9 ). Compreendemos de Sofonias que todas as nações do mundo estudarão o hebraico para proclamar o nome de Deus em seu santo idioma.
Graças em grande parte aos esforços de Eliezer Ben Yehuda (1858-1922), que decidiu que “para ter nossa própria terra e vida política também é necessário que tenhamos nossa própria linguagem para nos unir”, o hebraico é o língua oficial do Estado de Israel.
Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente dos cristãos sionistas em aprender hebraico, o que é provavelmente um passo em direção à redenção descrita por Sofonias. Além disso, tem havido uma manifestação de interesse por parte dos cristãos em aprender a Torá dos judeus.
Isaías, capítulo 2, descreve que no fim dos dias, as nações irão correr para Jerusalém, pois a Torá “virá de Sião, a palavra de Hashem de Yerushalayim” (Isaías 2: 3). Desde a fundação do Estado de Israel – e ainda mais na última década – a Bíblia está sendo usada como uma fonte de união entre judeus e cristãos, começando a cumprir a visão de Isaías e o mandato histórico dos judeus de ser uma luz para o futuro nas nações. Essa é uma das razões pelas quais eu criei “The Israel Bible”, para que tanto judeus como não judeus pudessem estudar a Bíblia, ler notas de estudo dos principais estudiosos da Bíblia judaica e ver a conexão vital entre o povo de Israel e a terra de Israel.
Renascimento da Terra Física de Israel
Por quase dois milênios, enquanto a terra de Israel trocou de mãos entre várias potências estrangeiras, incluindo os romanos, os muçulmanos e os otomanos, a terra permaneceu completamente desolada. Mas assim como o profeta Isaías predisse: “Ele consolou todas as suas ruínas e fez o seu deserto como o Éden” (51:3).
O moderno renascimento do Estado judeu em 1948 trouxe consigo um desenvolvimento espantoso da terra, a ponto de, mais uma vez, o povo judeu poder reivindicar um país florescente próprio. O deserto está literalmente florescendo e crescendo. E nos reinos da tecnologia e cultura, Israel está entre os países mais avançados do mundo.
De fato, estamos testemunhando o Senhor consolar “todas as suas ruínas”.