A sucessão do bispo Edir Macedo no comando da Igreja Universal do Reino de Deus foi tema de uma reportagem da revista Veja, em que o genro do líder neopentecostal, bispo Renato Cardoso, é apontado como seu substituto.
Ele seria o homem escolhido para comandar a denominação e definir o uso de R$ 1,4 bilhão que são arrecadados em dízimos e ofertas anualmente.
O assunto – que é comentado nos bastidores da igreja – é tratado pela revista como um “mistério” que teria sido sustentado por Macedo ao longo da última década, e a suposta decisão por Cardoso teria sido vista como “traição” por outros bispos com mais idade e experiência, com por exemplo, Clodomir Santos, Honorilton Gonçalves, Romualdo Panceiro, Paulo Roberto Guimarães e Júlio Freitas, este último casado com Viviane, a filha mais nova de Edir Macedo.
Se Renato Cardoso – escritor e apresentador de TV – for realmente “o escolhido” de Macedo, ele comandará, quando assumir a liderança da Universal, um império de comunicação, como as 98 emissoras de rádio, o jornal Folha Universal e um enorme pacote de horários locados em emissoras de TV, como Record TV, Band, RedeTV! e CNT.
“O anúncio de Macedo encerrou uma guerra. O desafio do genro do bispo agora é não abrir outra guerra – e garantir a paz no império”, diz a reportagem, que versa sobre o início de Cardoso na denominação, o casamento com Cristiane Cardoso e os anos que o casal esteve fora do país para ajudar a implantar a Igreja Universal no exterior.
Réplica
A Igreja Universal do Reino de Deus divulgou, através de sua assessoria de imprensa, uma nota condenando a reportagem da Veja, acusando a revista de “má apuração”, erros – como em relação às cifras que seriam arrecadadas em dízimos e ofertas todos os anos – e preconceito contra os 9 milhões de fiéis que integram o quadro de membros da denominação.
Confira:
A Igreja Universal do Reino de Deus repudia, de modo veemente, o arremedo de reportagem com o título “O escolhido”, que a revista Veja publicou na edição de número 2552.
Trata-se de um apanhado de especulações fantasiosas e muito ódio, preconceito e desrespeito contra a Fé de milhões de cristãos no Brasil e em mais de 110 países espalhados nos cinco continentes.
Eis as 24 mentiras e calúnias detectadas pela Universal na matéria publicada na revista Veja:
1. O texto começa afirmando que o bispo Edir Macedo “sinaliza que o genro vai sucedê-lo no comando da Universal com a tarefa de modernizar a igreja e atrair a classe média”.
O Bispo Macedo não visa a “modernização da Universal”. O objetivo do líder espiritual da Igreja sempre foi e continua sendo pregar o Evangelho a toda criatura, como ensina a Palavra de Deus. Contudo, aparentemente, quem precisaria, mas não se modernizou é a própria revista Veja: como faz há 30 anos, a publicação continua perseguindo a Universal, seu corpo eclesiástico e adeptos.
2. Para a revista Veja, “o objetivo da igreja é aumentar sua penetração na classe média”: A Universal não trabalha visando classes de pessoas. Temos todos os tipos de adeptos na Universal, como nossa campanha “Eu sou a Universal” demonstra fartamente. O mandado do Evangelho é pregar a “toda criatura”.
3. Ao contrário do que a Veja publicou, de que os mais pobres são “até hoje o público predominante da Universal”, praticamos o que prega a Bíblia: “vinde a mim todos os cansados, oprimidos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei”. Este é o público dominante na Universal. É dessa forma que as pessoas chegam à Igreja, pela primeira vez, independentemente de condição financeira ou classe social, e permanecem porque alcançam de fato as respostas e vida com Deus.
4. O texto afirma que a Universal tem “10 mil templos espalhados pelo mundo”. Na verdade, já são mais de 11.400, o que prova a má apuração da revista.
5. A revista Veja informa um suposto montante de arrecadação anual “que ultrapassa 1,4 bilhão de reais só em doações”, e que “gasta por ano cerca de 1 bilhão de reais com seu gigantesco projeto de comunicação”. Se comparadas, as cifras não fazem nenhum sentido. Como a Universal faria frente às demais despesas? Ambas as cifras são mera especulação e estão erradas.
6. A reportagem afirma que o anúncio selou o fim de “uma década de mistério” e também o desfecho da “guerra silenciosa que fazia anos vinha sendo travada nos subterrâneos da Igreja Universal”. No seio da Universal, nunca houve uma guerra. Os Bispos e Pastores já entram para a obra de Deus cientes de que, a qualquer tempo, serão transferidos de posição ou lugar. Esta é uma das bases do ministério dos mais de 320 Bispos e 14.000 Pastores espalhados pelo mundo.
7. Aliás, sobre a suposta “disputa pelo poder”, na Igreja Universal nenhum Pastor ou Bispo se mantém em uma posição para sempre. Como entre os discípulos do Senhor Jesus, na Universal, Bispos e Pastores são levados pelo vento do Espírito Santo para fazer a Sua vontade, em qualquer lugar, posição ou função. Além disso, quem conhece a Universal sabe que uma das suas principais forças é a unidade.
8. Com referência a essa suposta ambição de liderar a Universal, a única ambição dos que servem a Deus é ajudar as pessoas. “O maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve” (Lucas 22:26).
9. Veja afirma que o Bispo Edir Macedo “sempre afirmou em reuniões internas que nenhum parente seu seria detentor de cargos-chave na Universal”: Na verdade, o que o líder espiritual da Universal sempre ensinou foi que laços familiares não garantem unção na Obra de Deus, como ensinado pelo próprio Senhor Jesus ao se referir a sua mãe e seus irmãos (Mateus 12:47-50).
10. Ao supor que o Bispo Renato Cardoso será o “provável sucessor e herdeiro” do Bispo Edir Macedo, a revista Veja demonstra uma ignorância incabível sobre o funcionamento da Universal. Cargos vocacionais e espirituais não são “herança”.
11. Veja mente ao afirmar que, “no último dia 5, de sua sala de teleconferências no enorme Templo de Salomão, em São Paulo, o Bispo Edir Macedo anunciou aos principais líderes da Igreja Universal no mundo o nome do seu número 2”. Jamais houve uma videoconferência que tenha tratado de tal assunto. Aliás, na data indicada (5/10), o Bispo Edir Macedo estava no exterior, em viagem missionária. Como ele poderia comandar uma videoconferência do Templo de Salomão?
12. Veja mostra mais claramente seu preconceito e intenção – denegrir a imagem da liderança da Universal – ao afirmar que os Bispos “se esmeram para arrecadar dízimos” a fim de “credenciar-se ao posto”. É uma afronta e um absurdo. Todos os Bispos e Pastores se esforçam muito, sim, mas para ajudar os sofridos e necessitados. O objetivo é único em todos, e a essa causa dedicam suas vidas intensamente. Ninguém trabalha visando seu futuro ou um “plano de carreira”.
13. A acusação de Veja de que Bispos e Pastores da Universal são “arrecadadores de dízimos e ofertas” desrespeita todo nosso corpo eclesiástico e mais de 9 milhões de fiéis da Universal que acreditam nos ensinamentos e preceitos bíblicos. Aqueles que a revista chama de arrecadadores são, na verdade, pregadores do Evangelho que saem pelo mundo abnegadamente a ensinar a Palavra de Deus e a Fé inteligente que transforma vidas.
14. A reportagem afirma que o Bispo Renato Cardoso “cresceu próximo a um templo da Universal no bairro do Brás”, o que não é verdade. O Bispo Renato nunca morou no Brás ou nas proximidades durante sua infância e adolescência. Ao fazer uma má apuração jornalística, Veja errou mais uma vez.
15. O texto informa que, aos 13 anos, o Bispo Renato “era obreiro da igreja”: Ele não era obreiro nessa idade, pois chegou à Universal dias antes de completar 14 anos.
16. Em mais um erro de apuração, Veja afirma que o Bispo Renato Cardoso foi expulso de casa pelo pai. Mentira. O pai do Bispo Renato nunca o expulsou de casa.
17. Veja também errou ao afirmar que o Bispo Renato Cardoso ficou três anos nos Estados Unidos após o casamento. E ele nunca fez “cursos de coaching”.
18. O Bispo Renato Cardoso não é “anunciado por trompetes” no Templo de Salomão, como afirma a reportagem. A citada trilha musical que se ouve, anuncia o início de todas as reuniões que acontecem no Templo, conduzidas por qualquer um dos Bispos, e serve como orientação para que todos se coloquem de pé, em oração, para entrar na Presença de Deus. Em reverência ao Altíssimo, e somente a Ele.
19. Veja mente descaradamente ao dizer que “cerca de 1.000 fiéis” assistem às reuniões da Terapia do Amor, às 20h. Na verdade, tais encontros atraem rotineiramente, às quintas-feiras, entre 6 e 9 mil pessoas.
20. A reportagem afirma que o Bispo Renato Cardoso e sua esposa “moram em um apartamento de 500 metros quadrados”: na verdade, o apartamento de quarto e sala não tem nem a metade desta dimensão.
21. O que a revista Veja, desrespeitosamente, descreve como “divino [sic] distribuía benesses” – referindo-se a Deus com letra minúscula! – demonstra, mais uma vez, ignorância, agora com respeito à teologia da prosperidade.
22. A afirmação de que o programa Godllywood “se dispõe a ajudar mulheres a conseguir um casamento” é absurda e ofensiva às mais de 100 mil mulheres que fazem parte deste trabalho e, escancara, mais uma vez, o preconceito, o desdém e a ignorância da revista Veja.
23. Da mesma forma, é preconceituoso e sórdido afirmar que o programa IntelliMen se resume a “homens que desejam sucesso material e uma família sólida”.
24. A reportagem afirma que a Universal possui uma gráfica, o que não é verdade.
Existe o Jornalismo verdadeiro, que é um instrumento importantíssimo das sociedades livres para o aprimoramento de suas instituições.
Mas também existe aquilo que a revista Veja chama de jornalismo, fruto de erros de apuração, equívocos ou má-fé, mas resulta na difusão de mentiras e boatos caluniosos.
Cuidado: na banca mais próxima ou na rede social que brota no seu celular espreita uma campanha difamatória contra a Fé de quem ousa crer na Palavra de Deus.
Assinantes e leitores dessa revista deveriam repensar se querem continuar patrocinando um jornalismo tendencioso que promove tantas mentiras e erros, a exemplo dessa vergonhosa reportagem de autoria de Thiago Prado, Eduardo Gonçalves e Eduardo F. Filho.
Revista Veja, não dá para confiar.