Difícil imaginar o cenário musical brasileiro sem o gênero que influenciou multidões e marcou geração, quer para o bem ou para o mal, envolvendo figuras como Rodolfo Abranges, ex-vocalista da banda Raimundos, e Alexandre Magno Abrão, mais conhecido com “Chorão”, da banda Charlie Brown Jr.
Em um cenário marcado por rebeldia, abuso de drogas e gritos de socorro através do som distorcido de instrumentos musicais e gritos frenéticos, havia pessoas que estavam, de fato, interessadas nas coisas de Deus, ainda que errantes.
Hoje, talvez, no Brasil, um dos maiores exemplos disso é Rodolfo Abrantes, que deixou o Raimundos e hoje dedica a sua vida para Deus. Em uma entrevista, o cantor lembrou que Chorão também havia manifestado mesmo interesse.
“Ele ia na minha casa, eu ia na dele. Chegou até a me dar um skate, saíamos juntos. E tocávamos juntos, fazíamos shows. Gostava muito dele porque era uma pessoa real. Não era um personagem”, disse Rodolfo ao G1.
Interesse genuíno
Chorão foi encontrado morto em 6 de março de 2013 na sua própria residência, em São Paulo. As investigações, na época, apontaram morte por overdose de cocaína, mas alguns especulam o uso da substância para fins de suicídio.
Especulações à parte, Rodolfo garante que Chorão manifestou um desejo genuíno para a compreensão de Deus.
“Minha vida mudou. Reencontrei o Chorão num show em Belo Horizonte, com Charlie Brown e Rodox, em 2003. No camarim ele chegou para mim, puxou uma cadeira, distante de outras pessoas, e falou: Conta como foi a parada”, disse ele.
Rodox foi a banda criada por Rodolfo após a sua conversão. O cantor buscou manter a proposta musical de um som “pesado”, mas fiel ao Evangelho. Na música “Horário Nobre”, por exemplo, ele faz uma crítica poderosa ao poder alienador da TV sobre a sociedade, mostrando com pessoas são facilmente manipuladas por interesses alheios.
Para o ex-raimundos, o interesse de Chorão pelas coisas de Deus foi algo crucial. “Achava fantástico isso no Chorão, ele estava ouvindo, absorvendo, não me julgou. Dava pra ver que percebeu a diferença na minha vida e queria saber o que estava acontecendo”, afirmou.
“Ele não tinha nenhuma rejeição às coisas de Deus. Só não se sentia confortável com religião”, disse Rodolfo. “Existia uma sede dele de algo mais, existia uma consciência de que o que ele precisava era Deus”. Entenda melhor no link abaixo:
Após 17 anos de conversão, Rodolfo diz que foi “completamente esvaziado” por Deus