O cantor e evangelista Rodolfo Abrantes, ex-vocalista da banda de punk-rock Raimundos, sucesso nos anos 90, concedeu uma entrevista para o canal de Youtube Abundante Vida, comentando vários pontos da sua vida pessoal e também do cenário político no Brasil.
Rodolfo disse que foi abençoado por Deus ao ter a oportunidade de voltar ao meio musical, após se converter e conseguir levar o Evangelho através da música, algo pelo qual ele é apaixonado.
Já falando sobre política, o cantor destacou que o governo Bolsonaro terá “muito trabalho” para fazer no Brasil, especialmente porque a casa estava “abandonada na mão de bandido”.
“Cara você pega uma casa abandonada na mão de bandido, e deixa assim por longos e longos anos… mais de uma década, tem muita coisa pra você consertar. Então, você assume a direção dessa casa e não é de uma hora pra outra que ela vai ficar linda. Tem muito trabalho”, disse Rodolfo.
“O Brasil vem sendo arruinado desde a sua descoberta”
Rodolfo Abrantes, no entanto, não associou a corrupção generalizada na política brasileira apenas aos governos petistas de Lula e Dilma. Ele frisou que se trata de algo que já vinha existindo antes deles, mas que o PT elevou a um patamar ainda mais grave.
“Eu não me admiro nada se esse novo governo levar os 4 anos que tem só pra começar a desfazer a bagunça que foi feita”, disse Rodolfo. “A gente nunca teve uma história política séria no Brasil”.
“É muito fácil jogar toda a culpa no PT e dizer que a sua administração arruinou o Brasil. O Brasil vem sendo arruinado desde a sua descoberta, e o PT, eu acho que chegou num ápice quando se assume um papel, cara, uma linha que por onde passou no mundo trouxe destruição e pobreza. E a gente é um país rico, cara. O Brasil é rico demais”, destacou.
“Bolsonaro pra mim não é um mito”
Rodolfo Abrantes teceu vários elogios ao presidente Jair Bolsonaro, mas fez questão de afastar os excessos, como geralmente pregam os bolsonaristas mais empolgados, ao chamar o chefe de Estado brasileiro de “mito”.
“Eu vejo um governo que assume pela primeira vez a presidência de um país. É um o governo que vai ter que aprender a ser presidente. O Bolsonaro pra mim não é um mito. Ele não é um salvador”, disse Rodolfo.
“Ele foi uma voz, ele foi… essa eleição pra mim, ela… eu tinha uma preocupação muito maior do que ver o Bolsonaro sendo eleito… era não ver o PT ser eleito de novo. Chega do mesmo, sabe? O mesmo eu já sei como é que é. Eu quero algo novo que me dê esperança, pelo menos. Então, eu percebo alguns erros, assim, naturais”, destacou.
O evangelista então elogiou a postura do presidente Bolsonaro, de quem teve referências de ser uma pessoa “extremamente simples” e acessível, assim como a típica figura de um “paizão”, ainda que “meio xucro” e “meio grosso”.
“Eu percebo uma firmeza de convicção. Assim, quem conhece o presidente pessoalmente – eu não o conheço – mas eu conheço muitas pessoas que o conhecem, dizem que ele é um cara extremamente simples, acessível e que você não tem surpresa com ele. Ele é exatamente aquilo ali”, disse Rodolfo, segundo a Rolling Stones.
“Então é assim, aquela figura do paizão. Aquele cara que é meio xucro, que é meio grosso, mas é aquilo ali. Então, eu tenho bons olhos. Eu creio que o Brasil…cara, de certa forma removeu um trono de iniquidade na nação, e só por isso a nação já é abençoada. E agora é orar para que ele dê os passos certos, né?”, conclui.