A eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara dos Deputados na madrugada desta quinta-feira, 14 de julho, vem sendo considerada uma derrota da bancada evangélica na Casa.
O político fluminense é visto com ressalvas entre o grupo de parlamentares evangélicos por ter sido autor do requerimento de urgência na votação do PLC 122/2006, que cerceava a liberdade de pregação religiosa sob a justificativa de combater a homofobia.
Maia, filho de César Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro, foi eleito em segundo turno, com 285 votos, contra 170 votos de Rogério Rosso (PSD-DF), e irá suceder a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) até o fim de janeiro de 2017.
Segundo o jornalista Leonel Rocha, do Congresso em Foco, a bancada evangélica teria feito campanha para derrotar Maia no segundo turno. “Para favorecer Rogério Rosso (PSD-DF), que também integra o grupo evangélico, a bancada convenceu o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) a retirar sua candidatura em pleno processo eleitoral na Casa”, informou.
Rocha destacou ainda que o maior empenhado em derrotar Maia era o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que teria destacado o envolvimento de Maia no PLC 122/2006 “em todas as conversas na Câmara” sobre a eleição.
Segundo informações do G1, o novo presidente da Câmara contou com o apoio oficial das bancadas de PSDB, DEM, PPS e PSB.
No primeiro turno, Maia já tinha vencido Rosso por uma diferença de 14 votos – o placar havia sido 120 votos contra 106, e no segundo turno, o parlamentar do Democratas conseguiu angariar também o apoio de PDT, PCdoB, PR e PTN.