Lideranças cristãs se apressaram em manifestar pesar às famílias das vítimas de Adam Lanza, que atirou contra alunos e profissionais da escola fundamental Sandy Hook, nos Estados Unidos.
O pastor e evangelista Greg Laurie, da Harvest Christian Fellowship, publicou em seu blog que a tragédia era “o pior cenário imaginável”, e lembrou que “é tempo de natal”, ao afirmar que conhece a dor dos pais que perderam seus filhos: “Os peritos vão dizer o que aconteceu, tecnicamente falando.. Tudo o que eu posso dizer é que isso foi pura maldade. Crueldade e maldade. A maldade do homem que fez os disparos é realmente inimaginável. Sei, por experiência própria, que a dor de perder um filho é pior do que a morte de um pai”, afirmou o pastor, que em 2008 perdeu um filho de 33 anos, num acidente automobilístico.
Greg ainda lembrou que nas atuais circunstâncias, é importante ressaltar o espírito natalino: “Em momentos como este, devemos refletir sobre a mensagem essencial do Natal, que é Emanuel chegou. Emanuel significa Deus está conosco”, escreveu o pastor.
Já o pastor e teólogo John Piper afirmou, segundo o Christian Post, que a chacina cometida na cidade de Newtown, em Connecticut, são um aviso de que “precisamos ver como nossas almas estão depravadas”.
Piper afirmou disse ainda que pensando com um olhar bíblico, o assassinato de pessoas são como uma agressão a Deus, que nos fez à Sua imagem e semelhança.
O pastor batista afirmou ainda que o consolo às famílias só pode ser conseguido em Jesus: “O Deus que se aproxima de Newtown é o simpático homem-Deus, Jesus Cristo. Ninguém mais pode sentir o que ele sentiu. Ninguém pode amar como ele pode amar. Ninguém mais pode curar como ele pode curar. Ninguém mais pode salvar como ele pode salvar”, frisou.
O presidente norte-americano, Barack Obama, fez um discurso durante uma vigília pelas vítimas e citou a passagem de 2 Coríntios, capítulos 4 e 5, como palavras de consolo: “Às famílias, socorristas, a comunidade de Newtown, a igreja, os convidados – a Escritura nos diz: “…não desfalecemos; ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas sim nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, enquanto as que se não veem são eternas. Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus”.
Em seu discurso, Obama também mencionou a necessidade de se guardar o direito dos pais protegerem seus filhos e de que é necessário rever a legislação do país a respeito das armas.
Esta é a nossa primeira tarefa – cuidar de nossos filhos. É o nosso primeiro emprego. Se nós não temos esse direito, nós não temos nada certo. É assim que, como sociedade, seremos julgados.
E por essa medida, podemos realmente dizer, como uma nação, que estamos cumprindo nossas obrigações? Podemos dizer honestamente que estamos fazendo o suficiente para manter nossos filhos – todos eles – seguro de danos? Podemos afirmar, como uma nação, de que estamos todos juntos lá, fazendo-os saber que são amados, e ensinando-os a amar em troca? Podemos dizer que estamos realmente fazendo o suficiente para dar a todas as crianças deste país a chance que eles merecem, de viver suas vidas em felicidade e com propósito?
Estive refletindo sobre este últimos dias, e se formos honestos com nós mesmos, a resposta é não. Nós não estamos fazendo o suficiente. E nós vamos ter que mudar.
Desde que me tornei presidente, esta é a quarta vez que me reúno para confortar uma comunidade de luto, dilacerada por um tiroteio em massa. A quarta vez que abraço sobreviventes. A quarta vez que consolo as famílias das vítimas. E no meio, tem havido uma série interminável de tiroteios mortais em todo o país, relatórios quase diários de vítimas, muitas delas crianças, em cidades pequenas e grandes cidades em toda a América – vítimas cujas – a maior parte do tempo, a sua única falha foi estar no lugar errado na hora errada.
Não podemos tolerar mais isso. Essas tragédias devem acabar. E para acabar com elas, temos que mudar. Vamos ser informados de que as causas da violência são complexas, e isso é verdade. Nenhuma lei única, nenhum conjunto de leis pode eliminar o mal do mundo, ou evitar todo ato de violência sem sentido em nossa sociedade.
Mas isso não pode ser uma desculpa para a inação. Certamente, podemos fazer melhor que isso. Se houver um único passo que podemos tomar para salvar outra criança, ou outro pai, ou outra cidade, a partir da dor que visitou Tucson, Aurora, Oak Creek, e Newtown, e as comunidades de Columbine para Blacksburg, certamente temos a obrigação de tentar.
Nas próximas semanas, vou usar todo o poder este escritório tem para envolver meus concidadãos – de aplicação da lei para os profissionais de saúde mental para pais e educadores – em um esforço com vista a prevenir mais tragédias como esta.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+