O senador republicano Marco Rubio anunciou sua desistência da candidatura à presidência dos Estados Unidos afirmando que “não eram os planos de Deus” que ele chegasse à Casa Branca ainda este ano.
Derrotado na Flórida, sua terra natal, Rubio anunciou na última terça-feira, 15 de março, que estava abandonando a disputa. Ele era apontado pela imprensa como o nome preferido dos principais líderes do partido, por ter uma visão política menos agressiva que Ted Cruz e Donald Trump.
“Enquanto não for o plano de Deus para mim que eu seja presidente em 2016 (ou talvez nunca), minha campanha está suspensa. O fato de eu mesmo chegar até aqui é uma evidência do quão especial é a América e mais uma razão pela qual temos de fazer tudo o que pudermos para garantir que este país continue a ser um lugar especial”, afirmou o senador, que é católico.
“Peço aos americanos que não cedam diante do medo, não cedam diante da frustração. Podemos divergir em relação às políticas, podemos discordar de maneira firme, mas somos um povo otimista”, afirmou Rubio, no que foi apontado pelos analistas como uma crítica às propostas de Trump.
O favorito dentro do Partido Republicano, Donald Trump, venceu na Flórida, Illinois e Carolina do Norte, mas perdeu em Ohio para o governador do estado, John Kasich, o que mostrou que não existe consenso sobre o empresário bilionário.
Agora, Trump está próximo de conquistar os votos dos 1.237 delegados que são necessários para ser nomeado o candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos. No entanto, os integrantes da legenda podem apresentar outro candidato na convenção de julho, em Cleveland, e assim tentar fazer com que outro político seja o indicado. No entanto, essa opção pode revoltar os eleitores, que poderiam deixar de votar no partido, já que a escolha popular seria ignorada.
O senador evangélico Ted Cruz, do Texas, venceu apenas no Missouri nas prévias de ontem, ficando atrás de Trump em todos os outros estados, inclusive em Ohio, onde o empresário foi o segundo colocado.
Antipatia
Trump vem conquistando o eleitorado republicano com seu discurso extremista, que propõe a deportação de 11 milhões de imigrantes ilegais, além de erguer um muro na fronteira com o México e proibir, temporariamente, a entrada de muçulmanos no país até que o impasse relacionado ao Estado Islâmico seja resolvido.