O sexo oral entre marido e mulher é um dos temas que costumam ser debatidos no meio evangélico quando o assunto é sexualidade. Diante disto, o pastor John Piper fez um podcast sobre o tema e explicou os conceitos que devem ser observados.
Para o teólogo e escritor, o sexo oral “está errado” se ocorrer fora do casamento, e não deve ser usado como desculpa para evitar o sexo tradicional entre casais que ainda não trocaram alianças.
Quanto ao ato em si, Piper diz que “seria errado se isso fosse proibido na Bíblia”, mas como não há nada explícito nas Escrituras, há outros pontos a serem observados. “Seria errado se não fosse natural. Seria errado se fosse prejudicial ou não saudável. Seria errado se fosse cruel”, acrescentou no programa do ministério Desiring God.
“Eu não acho que o sexo oral seja explicitamente proibido em nenhum mandamento bíblico. Se a Bíblia o proíbe, teria que ser por princípio e não por um mandamento explícito”, avaliou Piper. “O casal precisa ser muito honesto e atencioso, não assumindo riscos que seriam desrespeitosos”, acrescentou.
Em seguida, o pastor sugeriu uma reflexão: “Você pressionará o seu cônjuge a fazer sexo oral se ele ou ela achar desagradável? Se você fizer isso, estará sendo insensível. É pecado ser insensível. Efésios 4:32: ‘Sede uns para com os outros benignos’. A palavra-chave aqui é ‘pressionar’. Eu sei que 1 Coríntios 7:4 diz: ‘A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher’, e o contexto dessa passagem é sobre sexo”.
“Na prática, o que isso significa? Bem, significa que tanto o marido quanto a mulher podem dizer um ao outro: ‘Eu gostaria de…’ E os dois têm o direito de dizer: ‘Eu não gostaria de…’ E em um bom casamento, em um casamento biblicamente belo, um busca ser mais bondoso do que o outro. Então, esses são os princípios que eu acredito que devem servir de parâmetro para o casal cristão nessa questão do sexo oral”, concluiu Piper.