O universalismo, vertente teológica que defende a salvação de toda a humanidade, independentemente dos seus feitos na Terra, ganhou mais um adepto. O nome dele é David Bentley Hart, e não por acaso já soa familiar entre os adeptos de especulações teológicas.
David Bentley Hart já é autor de livros polêmicos e a sua mais recente obra se chama That All Shall Be Saved, que em tradução livre seria “Que Todos Sejam Salvos”. Em seu trabalho o teólogo defende perspectivas como as de Gregório de Nissa (335 d.C.-395 d.C.) e Isaac de Nínive (613-700).
Segundo esses teólogos, toda a humanidade será salva por Deus no grande Dia do Juízo Final. O inferno, portanto, não seria exatamente o local de condenação dos seres humanos rebelados contra Deus.
O teólogo argumenta que ao descrever a punição dos humanos que não aceitarem a Cristo como único e suficiente Salvador, a Bíblia estaria fazendo uso de uma linguagem figurada, e não literal no sentido de vida espiritual.
“Muitos deles [passagens] são metáforas de destruição, como a queima da palha do trigo em fornos, ou são metáforas de exclusão, como as portas fechadas de uma festa nupcial”, escreve o autor, segundo informações da Folha.
“Em nenhum lugar há qualquer descrição de um reino de crueldade perpétua presidido por Satanás, como se ele fosse uma espécie de deus ctônico [subterrâneo]”, escreve ele.
Diferente do que afirma David, no entanto, a Bíblia Sagrada está repleta de referências acerca da condenação eterna dos humanos que se rebelarem contra Deus. Em uma delas o próprio Jesus Cristo deixou isso claro ao exemplificar como o Senhor enxergará os feitos humanos no dia do julgamento.
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”, diz Mateus 7:21, enquanto no capítulo 25, verso 41 está escrito:
“Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.