O cantor Sam Alves, vencedor da segunda edição do reality show The Voice Brasil, chamou a atenção de todo o Brasil na final do programa ao cantar na final a música “Hallellujah”, de Leonard Cohen, com uma versão em português e depois com a letra original de 1984. Evangélico, o cantor começou cantando em uma igreja evangélica ao lado de sua mãe, mas afirma que não terá o segmento gospel como foco de sua carreira artística.
Em entrevista concedida à coluna Olá, assinada por Vivian Masutti e publicada no jornal “Agora”, Sam Alves “apostar em todo o tipo de música”, afirmando que não pretende centrar sua carreira em músicas com temas religiosos.
Com seu passado musical totalmente ligado à igreja, Sam conta que teve seu talento para a música descoberto por sua mãe quando ele tinha 14 anos. Raquel Alves, já cantava no louvor da igreja e convidou o filho a fazer o mesmo, ao seu lado. Esse foi apenas o início a trajetória do cantor, que gravou um álbum gospel independente em 2006, e chegou a ser selecionado para fazer uma participação em um show do cantor cristão Michael W. Smith.
Depois de sua apresentação, Sam foi também escolhido, pelo diretor do Dove Singers, para interpretar Jesus em uma turnê musical na região da Nova Inglaterra durante duas semanas que antecederam a Páscoa de 2010. Ele participou também da equipe de louvor e adoração do grupo de jovens em uma grande igreja em Massachusetts (EUA), onde se tornou líder da equipe principal de louvor.
Porém, Sam Alves não prosseguiu profissionalmente na música, pois seu grande sonho era ser médico. Seguindo seu sonho profissional, ele ingressou no curso de medicina da Universidade Worcester, em Boston, mas acabou abandonando o curso três anos depois.
Seu investimento na música veio da insistência de sua mãe para que ele participasse da versão americana do The Voice, onde acabou eliminado na fase de audições às cegas. Porém, esse foi o pontapé inicial que o alavancou até a edição brasileira do programa, onde se sagrou vencedor.
Resposta à oração
Luiz Alves, pai de Sam, conta que após dois anos de casamento sua esposa, Raquel, não conseguia engravidar, e eles então iniciaram uma campanha de oração na igreja que frequentavam. De acordo com Luiz, que é pastor batista, a chegada de Sam em suas vidas foi uma resposta a essas orações.
Ele conta que às 1h30m da manhã do dia 5 de junho de 1989, um bebê recém-nascido foi deixado na porta da casa do casal, em Fortaleza, dentro de uma caixa de papelão. Eles então ficaram com a criança, que adotaram em um processo que durou cerca de dois anos.
– Oramos junto com um grupo de oração. Pedimos que fosse um menino, e decidimos que se chamaria Samuel, como na história da Bíblia – conta Luiz.
– Quando abri a porta e vi o bebê, tremi todo. Estava muito nervoso e liguei para a polícia porque não sabia o que fazer – completa, ao detalhar o momento em que encontrou o filho na porta de sua casa.
– Abri a caixa e o bebê estava lá, quietinho. Ele é um milagre – relembra Raquel.
Por Dan Martins, para o Gospel+