Com a proximidade das eleições, a prática de promover alguns candidatos durante os cultos religiosos e outras atividades dentro das igrejas ainda pode ser vista em algumas regiões. Visando combater essa prática, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco fez uma reunião com várias lideranças religiosas para alertar sobre os riscos envolvidos nessa atitude.
O presidente do TRE-PE, desembargador Luiz Carlos Figueiredo, deixou claro para os participantes que as igrejas podem ter suas preferências políticas, mas que isso não deve servir para promover algum candidato específico. “É legítimo que cada igreja tenha candidato preferencial, mas não é legitimo faça proselitismo eleitoral”, disse ele.
O magistrado explicou que a justiça não admite que sejam feitas propagandas eleitorais “dentro da instituição religiosa, constituída com o propósito de união transcendental”, porque segundo ele isto seria uma forma de passar “a usar a máquina da igreja em função de não deixar que o eleitor escolha de forma arbitrária”.
Estiveram presentes 50 líderes religiosos, sendo a maioria evangélicos. Também esteve um sacerdote católico, o qual fez questão de frisar a importância da orientação dos fiéis com base em princípios éticos, porém, sem precisar direcionar o voto das pessoas em favor de algum candidato.
“Como líderes religiosos, temos que ter a preocupação de não partidarizar, mas de indicar, com base em nossa fé e ética, critérios para a escolha de bons candidatos”, explicou o padre Josenildo Tavares, que é coordenador pastoral da Arquidiocese de Olinda e Recife, segundo informações do Diário de Pernambuco.
Finalmente, o presidente do TRE, Luiz Carlos Figueiredo, destacou que o respeito às normas eleitorais favorece não apenas a garantia de eleições justas, mas da união de todos em prol da mesma causa.
“Se cada um respeitar as regras gerais e a liberdade individual de escolha, tendemos muito mais a nos unir do que nos separar”, disse ele.