Chamada de “igreja dos presidentes”, um templo da Igreja Episcopal na cidade de Washington, DC, se tornou alvo de vandalismo no último domingo, 31 de maio, durante protestos contra a morte de George Floyd. No dia seguinte, o presidente Donald Trump caminhou da Casa Branca até a igreja para conferir os danos.
Repudiando o assassinato de George Floyd, Trump fez um discurso nos jardins da Casa Branca e, logo em seguida, atravessou a praça que separa a sede do governo dos Estados Unidos do templo da Igreja Episcopal St. John, que foi frequentada por diversos mandatários do país ao longo dos anos.
Trump disse, ao encerrar a entrevista, que iria a um lugar “muito, muito especial” de forma espontânea. Durante a caminhada, afirmou: “Temos um grande país”.
Ao chegar ao templo inaugurado em 1816, com uma Bíblia nas mãos, o presidente surpreendeu o responsável pela igreja, reverendo Robert Fischer, que declarou posteriormente à imprensa que não tinha ideia que Trump iria o local conferir os estragos causados no edifício.
“Eu não tinha ideia do que ia acontecer às 19h. Eu tenho ouvido tudo, é claro, e honestamente, parece um momento surreal para mim. Então, sim, é como se eu estivesse em algum universo alternativo de alguma forma”, contou o reverendo, numa declaração à FOX News.
O reverendo contou que o fogo iniciado durante os protestos não se alastrou nas dependências do templo: “Esse foi realmente um momento muito positivo, porque, pessoalmente, fiquei emocionado ao ver que o fogo apenas queimava o berçário e não se expandia”.
Sobre os protestos, o reverendo entende que as manifestações pacíficas contra o racismo são legítimas: “Essa é a única maneira de obtermos cura e progredir realmente”.
No Brasil, o pastor Franklin Ferreira usou as redes sociais para comentar o episódio de vandalismo e também a divisão racial nos Estados Unidos: “Saques e destruição não são formas legítimas de protesto. A justa indignação pela forma terrível e criminosa como George Floyd foi morto não pode ser instrumentalizada para promover o caos, a violência e ainda mais injustiça”, comentou.
Em sua publicação no Instagram, Ferreira disse esperar que “mais essa morte injusta possa levar uma sociedade que vai se fragmentando cada vez mais à reflexão: como no passado, somente a fé no Evangelho de Cristo Jesus pode unificar de verdade as sociedades”.
“Assim, ou Deus, em sua graça, nos concede um avivamento da fé cristã, ou haverá mais tumultos, guerras, violência, pobreza e miséria – e o fim dos Estados-nação no Ocidente como os conhecemos”, finalizou Franklin Ferreira.