O Templo de Salomão foi multado pela Prefeitura de São Paulo em 2015 por supostamente ter havido contaminação do terreno durante o período de obras. Agora, a Igreja Universal do Reino de Deus tenta recorrer da multa, e ao mesmo tempo, pede a anulação da autuação.
O prefeito da cidade à época era Fernando Haddad (PT), e desde então, a capital paulista teve outros dois mandatários: João Doria e Bruno Covas, ambos do PSDB, que tentaram executar a cobrança da multa. Em 2018, Haddad fez ofensas ao fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, durante as eleições presidenciais.
De acordo com informações do portal Uol, a Prefeitura apontou que a água retirada de um poço artesiano que serve aos bebedores usados pelos fiéis possui alto teor de contaminação por chumbo, mas a Igreja Universal nega e, no recurso, reputa a multa como “descabida” e elenca uma série de supostos erros no laudo que gerou a autuação.
“A coluna teve acesso a todo o processo e aos laudos da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente que geraram a multa e os ‘contra-laudos’ da igreja. O processo tem quase 1.000 páginas”, informou o jornalista Ricardo Feltrin.
A assessoria de imprensa da Igreja Universal informou, através de nota, que a instituição responsável pelo Templo de Salomão “ingressou com a Ação Anulatória, porque a multa ambiental aplicada pela Prefeitura de São Paulo é completamente descabida de fato e de direito”.
“Certamente, o Poder Judiciário suspendará [sic] e depois anulará essa cobrança absurda e ilegal. A Universal apresentou à prefeitura toda a documentação necessária, inclusive os laudos emitidos pelos órgãos de fiscalização ambiental – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo – comprovando a regularidade do terreno”, acrescentou a nota.
Em outro trecho, a assessoria da Igreja Universal afirma que “a qualidade da água retirada do poço” tem sua comprovação através de “laudos da Cetesb e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) […] que confirmam sua potabilidade”.