A construção do Templo de Salomão levou a Igreja Universal do Reino de Deus a empenhar mais de R$ 680 milhões na obra, e agora, a denominação do bispo Edir Macedo pode ser obrigada a arcar com mais R$ 100 milhões de multas cobradas pela prefeitura de São Paulo.
A administração do prefeito João Doria (PSDB) está atuando para cobrar dívidas de multas ambientais aplicadas ao longo dos últimos anos, que somam R$ 4,2 bilhões. A maior delas é justamente a da Igreja Universal do Reino de Deus, relativa à construção do Templo de Salomão.
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o megatemplo tem uma dívida de aproximadamente R$ 100 milhões, que são referentes a duas multas por construir em área potencialmente contaminada sem autorização prévia e por torná-la imprópria à ocupação humana.
A cobrança vem sendo feita há um ano e meio pela prefeitura, e a Universal já foi inscrita na Dívida Ativa do Município, mas até agora, nenhum valor devido foi quitado. Os valores das multas aplicadas estão sendo cobrados já com os juros e correção da inflação no período.
Em nota, a Igreja Universal do Reino de Deus afirmou que as duas multas aplicadas contra o Templo de Salomão “são completamente equivocadas” e “trazem um conjunto de erros tão absurdos que chegam a atribuir ao templo um imóvel localizado em outro endereço”.
Além disso, a Universal destacou que moveu uma ação em julho de 2017 contra a multa e tem “certeza” de que a Justiça as anulará completamente”, apesar de a liminar pedida inicialmente ter sido indeferida.
O secretário do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo de Castro, explicou que a iniciativa de cobrar as dívidas era uma necessidade do município: “Essa é a nossa realidade. Infelizmente as gestões anteriores deixaram a desejar e herdamos essa situação. Nosso compromisso é no sentido de resgatar esse valor e estamos fazendo um levantamento manual de cada processo para saber os valores atualizados, se algum já prescreveu e quais ações devemos adotar. Muitos processos ainda nem foram inscritos na Dívida Ativa e não podemos perder essa receita por inércia”, explicou.