LONDRES – Enquanto os consumidores perdem interesse em CDs e se recusam a pagar por alternativas digitais, a indústria da música está à procura de novos aliados, incluindo provedores de Internet, legisladores e até mesmo air guitarists (tangedores de guitarra imaginária) Chineses.
Na terça-feira, a Federação Internacional da Indústria Fonográfica informou que as vendas mundiais de música digital subiram para $2,9 bilhões no ano passado, de $2,1 bilhões no ano anterior. Aproximadamente, 15% das vendas totais em comparação a 11% no ano anterior e menos que 1% em 2003.
Mas as vendas digitais ainda precisam compensar a queda das vendas de CDs, sendo que as vendas totais de músicas gravadas caíram 10% no ano passado para $17,6 bilhões, segundo estimado pela federação. Uma recuperação da indústria musical ainda está a um ano de distância, informou o presidente da federação, John Kennedy.
Enquanto isso, a indústria de gravação está expandindo sua busca por receita. Há planos para iniciar uma campanha para tornar os provedores de Internet responsáveis por impedir a pirataria através de suas redes, disse o Sr. Kennedy. Estão iniciando um lobby juntamente ao governo americano para reconhecer uma forma de reservar os direitos (copyright) que tem fornecido aos músicos uma firme lealdade na Europa e outros lugares.
O Sr. Kennedy aprovou um acordo feito no ano passado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, através do qual provedores de serviços de Internet concordaram em fechar a conta de pessoas que insistem em violar os direitos reservados (copyright).
Representantes da indústria tendem a medidas similares em países como Grã-Bretanha e Suécia. Na China, onde a pirataria é descontrolada, a indústria musical considera iniciar um processo contra Baidu.com, o maior provedor de Internet, informou o Sr. Kennedy.
Alguns desenvolvimentos favoreceram a indústria da música na China. Sob um acordo recente, bares de karaokê reconhecem os direitos audiovisuais de vídeos musicais e recolhem taxas.
Fonte: www.nytimes.com
Texto traduzido por: Marina Nacamura / Rede G+