O carnaval, festa popular alvo de severas críticas no meio evangélico, é a fonte de críticas a um vereador da cidade de Santo André, cidade da Região Metropolitana de São Paulo, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Ronaldo de Castro (PRB), conhecido como bispo Ronaldo, destinou R$ 200 mil de sua verba para emendas parlamentares – de um total de R$ 300 mil – para o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Leões do Vale.
A iniciativa de destinar dois terços do valor que ele teria como verba para usar em projetos a favor da cidade para uma escola de samba causou estranheza nos colegas parlamentares, ainda mais por ele ser um bispo licenciado da denominação de Edir Macedo.
“Como pode um bispo da Universal financiar uma festa condenada pela própria Igreja?”, questionou um vereador – que não quis se identificar – à equipe do jornal local Repórter Diário.
O bispo Ronaldo, no entanto, rebate as críticas classificando-as como “preconceito”, e diz que, como político, suas ações não podem enxergar “qualquer tipo de segregação”.
“Por isso que meu nome é Ronaldo de Castro, não Bispo Ronaldo. Não faço diferenciação com qualquer outra religião ou segmento social”, argumentou. “Coloquei meu gabinete à disposição porque vi que faltam recursos para fazer o Carnaval. Não vejo nenhum problema nisso”, acrescentou o bispo da Universal.
Além dos R$ 200 mil destinados à Escola de Samba, o bispo também pediu que o prefeito destine valores para uma instituição que cuida de “crianças excepcionais” e também para a Secretaria de Obras e Serviços Públicos da cidade.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+