Bastou a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, resolver integrar de forma mais efetiva a campanha do presidente da República, para que a mira dos seus adversários passasse a se voltar contra ela. Neste sentido, a figura mais recente que decidiu reagir contra a intérprete de libras foi a presidenciável Simone Tebet.
A campanha da candidata do MDB à Presidência alegou que uma propaganda veiculada pelo Partido Liberal (PL), de Bolsonaro, contendo a apresentação de Michelle, seria irregular devido à suposta extrapolação do tempo de exibição da primeira-dama.
“Ocorre que, dos programas da propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão, tanto em bloco quanto em inserções, os apoiadores só ‘poderão dispor de até 25% do tempo de cada programa ou inserção”, disse Tebet.
Na propaganda em questão, Michelle Bolsonaro aparece destacando os feitos do atual governo no tocante ao fornecimento de água para a região Nordeste do país. Segundo analistas, o objetivo da campanha de Bolsonaro é ressaltar a atuação nessa região, bem como a trair o público feminino.
A primeira-dama, que é evangélica da Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro, tem sido vista como um importante elo de alcance ao público feminino, especialmente no eleitorado evangélico, motivo pelo qual a oposição estaria preocupada com o seu potencial durante a eleição.
‘Vontade autoritária’
Para a vereadora paulistana Sonaira Fernandes, a iniciativa da campanha de Tebet é fruto de um viés autoritário. Ela utilizou as suas redes sociais para fazer uma crítica contundente contra a presidenciável, que no debate entre os candidatos da rede Bandeirantes se apresentou como “feminista”.
“Simone Tebet é a autodeclarada candidata ‘feminista’ da corrida presidencial, de forma extremamente vil, Tebet ataca o presidente Bolsonaro com um pedido de retirada da propaganda eleitoral em que Michelle Bolsonaro aparece falando sobre as ações do governo em favor das mulheres. Tebet quer calar a primeira-dama!”, protestou Sonaira.
“Fica nítido a vontade autoritária e ressentida da candidata do MDB, ela não pode ver uma mulher que pensa diferente falar e ser ouvida pelo povo brasileiro”, completou a vereadora. Confira: