O pastor Hidekazu Takayama, deputado federal pelo PSC, se envolveu em um pequeno acidente de trânsito no final da tarde do último sábado, 14 de julho, e sofreu agressão verbal e física de um dos envolvidos. Um vídeo, gravado por uma das testemunhas, mostra que o presidente da bancada evangélica não reagiu às agressões.
O desentendimento começou após uma pequena colisão no cruzamento das ruas Vicente Machado e Brigadeiro Franco, no centro de Curitiba (PR). Um dos envolvidos no acidente desceu do carro, demonstrando estar bastante alterado, e chutou a porta do carro do pastor.
Os demais envolvidos tentaram conter o agressor, mas ainda assim ele conseguiu desferir um soco contra a cabeça do pastor, que tem 70 anos de idade. De acordo com o portal Agora Paraná, a imprensa repercutiu o fato “de forma irresponsável”, pois a notícia circulou com manchetes que dariam a entender que a agressão teria partido de Takayama.
O jornalista Oswaldo Eustáquio destacou que a cobertura do portal Gazeta do Povo foi a mais parcial sobre o caso: “O tom tendencioso já aparece no título com a manchete: ‘Deputado se envolve em discussão de trânsito e agressão; não é a primeira vez’. O texto discorre abordando que o deputado se envolveu em uma confusão de trânsito, e que teria terminado em vias de fato, mas escondeu o fato de que Takayama, de 70 anos, foi agredido, após ter tido seu carro amassado, resultado de um forte chute. Ou seja, esconde o fato de que um idoso foi brutalmente agredido”, pontuou Eustáquio.
“Foi só é um briguinha de trânsito”, disse Takayama ao portal Gazeta do Povo, afirmando que registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) e só cobrará os valores do conserto do carro se ficar muito caro.
Sem saber que o episódio havia sido filmado, o outro envolvido no acidente – identificado como Rafael Santos -, afirmou que é dono de uma pizzaria e que havia sido agredido. “Fui tirar satisfação com o deputado e discuti. O parlamentar chutou o meu carro e me deu socos no rosto”, afirmou.
A jornalista Katia Brembatti, da Gazeta do Povo, por outro lado, alega que não divulgou o vídeo “porque envolvia terceiros”, mas não pontuou o fato de que o vídeo trazia informações que mostrariam fatos que ajudam a construir a narrativa.