Está previsto para estrear no segundo semestre desse ano o longa metragem evangélico “A Palavra”. Filme planejado como uma aposta para levar os fiéis evangélicos ao cinema, a produção tenta seguir o exemplo de “Três Histórias, Um Destino”, coprodução Brasil-EUA baseada em livro do pastor R.R. Soares, que em 2012 fez R$ 530 mil de bilheteria só nos primeiros três dias de exibição.
O filme é baseado do relato bíblico do profeta Elias, que na leitura contemporânea de “A Palavra” vira um pregador do sertão; e Eliseu, o que faz a água brotar das terras secas, é um engenheiro atuando na transposição do rio São Francisco.
O filme está sendo produzido pela “Anjoluz”, produtora fundada pela advogada pernambucana Zitah Oliveira, de 45 anos, fiel da igreja Assembleia de Deus.
– Tem muito filme evangélico importado, muita coisa amadora, mas nada 100% brasileiro – afirma Zitah, que criou a produtora Anjoluz para tocar o longa.
O longa é dirigido por Guilherme de Almeida Prado (de “A Dama do Cine Shanghai” e “Perfume de Gardênia), e conta em seu elenco com atores e atrizes de renome nacional como Tuca Andrada, Luciano Szafir, Regina Remencius, Karina Barum, Wilma Gomes, Adriana Anquier.
O professor de sociologia e pesquisador Ricardo Mariano comentou sobre a produção, afirmando se tratar de um “ensaio” para testar a fidelidade do público evangélico que, segundo ele, “não está muito habituado a frequentar salas de cinema”
– A comunidade evangélica é forte na música e na TV, mas falta gente especializada em cinema, em geral feito por gente da classe média-alta – diz Mariano, que afirma que o filme evangélico pode repetir o sucesso dos filmes espíritas “Chico Xavier” e “Nosso Lar”, que levaram quase 8 milhões de pessoas aos cinemas.
Ainda sem data para seu estreia, o filme deve ser lançado no fim do segundo semestre, após as eleições.
Assista ao trailer:
Por Dan Martins, para o Gospel+