A clínica de aborto Planned Parenthood, considerada a maior do planeta, possui milhares de funcionários espalhados por suas unidades, nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. Alguns, porém, decidiram abandonar a empresa ou foram demitidos por ela, após se recusarem a colaborar com os métodos cruéis de interrupção da gravidez.
Sue Thayer é uma dessas pessoas. Ela trabalhou por 18 anos na Planned Parenthood e com isso pode conhecer como poucos o funcionamento e filosofia da empresa.
A divulgação midiática da clínica lhe convenceu de que seu emprego serviria para ajudar às mulheres quanto aos chamados “direitos reprodutivos“. Todavia, a realidade com o passar dos anos se mostrou bem diferente.
“Eu realmente não estava preparada para o que vi e experimentei”, disse Thayer ao portal The Christian Post.
Ela contou que em pouco tempo se tornou referência na empresa, assumindo o posto de gerente. A necessidade de emprego e o envolvimento com uma política confusa sobre direitos reprodutivos lhe fizeram permanecer no cargo. A unidade em que trabalhava também não realizava abortos, e isso contribuiu para sua permanência.
Essa realidade, no entanto, mudou a partir de 2007, quando a Planned Parenthood implementou o sistema de “aborto por webcam”. Através desse método, a mulher toma uma pílula abortiva diante de uma câmera, enquanto à distância especialistas da clínica orientam a paciente e acompanham o procedimento.
A unidade em que Thayer trabalhava como gerente faria os procedimentos de assistência às mulheres durante esse tipo de aborto, via medicamento, também chamado de “aborto químico”.
“Uma equipe médica como eu e meus funcionários teriam de fazer ultrassonografias transvaginais, um procedimento invasivo. Nós íamos fazer isso depois de apenas um único dia de treinamento”, disse ela.
Em busca do perdão
A triste realidade do assassinato de bebês caiu diante dos olhos de Thayer como nunca antes. Ela se viu angustiada e decidiu buscar amparo espiritual. A igreja em que estava, porém, parecia ignorar o seu dilema.
“Nós tínhamos um pastor que se sentia muito à vontade com o aborto e meu trabalho lá. Eu pensei: ‘Você não deveria estar do outro lado?’”, disse ela, que em seguida saiu da igreja e passou a ouvir rádios evangélicas.
“Por causa da rádio cristã, fui identificando o quanto Deus me ama. Foi um passo natural, eu acabei em outra grande igreja, mas também não deu certo”, contou. Essa nova igreja afirmou que não aceitaria uma pessoa que trabalhava em uma clínica de aborto.
Nessa altura, Thayer já havia se recusado a fazer os procedimentos na unidade em que trabalhava e por isso foi demitida da empresa. Ela então foi visitar outra igreja, dessa vez uma pequena, chamada Faith Bible Christian Outreach Center, em Storm Lake. Nesse local ela foi aceita, iniciando seu processo de cura em Deus.
“Eles buscam o Evangelho e amam as pessoas. Eles me receberam e realmente salvaram minha vida. Deus usou eles para salvar minha vida”, disse ela.