O gerente da funerária que sepultou o pastor que esperava ressuscitar após o terceiro dia de sua morte afirmou que acreditou que o milagre pudesse acontecer.
José Dourado, gerente da funerária Paz Universal, está enfrentando um processo administrativo por ter aceitado o pedido deixado pelo pastor por escrito e de sua família. Se a prefeitura de Goiatuba (GO) concluir que houve violação de normas sanitárias, a empresa pode ser multada em até R$ 250 mil.
Entretanto, a burocracia envolvendo a prefeitura está em segundo plano para Dourado, que afirmou ter atendido o pedido de espera pelo prazo por crer que o pastor pudesse voltar à vida através de uma ação sobrenatural.
“Como cristão, acreditei que pudesse acontecer um milagre. A gente vive e está todo dia aprendendo. Na Bíblia, está escrito que é possível. Aconteceu com Lázaro. A gente que tem fé, acredita. Deus pode tudo, ele tira uma montanha de um lugar e coloca no outro, nada é impossível para ele. Mas infelizmente não aconteceu”, disse o gerente.
Segundo informações do jornal Extra, na última segunda-feira, 25 de outubro, após vencer o prazo estipulado pelo pastor, às 23h30, a viúva Ana Maria de Oliveira Rodrigues deu autorização a Dourado para levar adiante o sepultamento.
“A gente fez a vontade da família, estamos aqui para atender da melhor maneira os parentes. Eles apresentaram um documento, com testemunha e tudo, em que o morto pedia para aguardar três dias pelo sepultamento. Lázaro também ressuscitou depois de três dias”, reiterou.
O pastor Huber Carlos Rodrigues morreu na sexta-feira, 22 de outubro, por complicações da covid-19. O farmacêutico Luciano Borges Chaves, fiscal da prefeitura que autuou a funerária, afirmou que pelo fato de o pastor ter sido infectado pelo novo coronavírus há cerca de dois meses, seu corpo provavelmente já não oferecia maior risco de propagação da doença.