A criação divina está sendo pesquisada por dois grupos de cientistas que querem encontrar o topo da árvore genealógica humana e chegar à origem de Adão e Eva.
Para os geneticistas que estudam o tema, a controvérsia está no tempo: enquanto o grupo de pesquisadores britânicos acredita que os primeiros homens tenham surgido no continente africano há 200 mil anos, os cientistas norte-americanos datam a origem em 338 mil anos.
Os resultados preliminares, com narrativa de tempo em desalinho com a Bíblia, desagradaram o Vaticano, que criticou a iniciativa: “As investigações científicas não possuem meios para identificar Adão e Eva, e sequenciar sua origem genética”, afirmou o vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia, Werner Arber, que atualmente presidente a Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, segundo o Christian Post.
Se pela parte da Igreja Católica há desconforto com a busca por Adão e Eva na árvore genealógica, pelos lados do mundo acadêmico não é diferente. Joe Pickrell, cientista do Centro de Genoma de Nova York, classifica a existência de Adão e Eva como uma “metáfora enganadora”, pois ela “confunde o público e até mesmo os geneticistas que desvendam” as origens humanas.
O debate, que se estende há tempos, deverá continuar como um ponto de discórdia entre religiosos e cientistas. “Adão e Eva eram pessoas reais e antepassados de todos os outros seres humanos”, disse John Collins, professor do Antigo Testamento e cientista.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+