Uma ação de evangelismo que tinha como participantes um grupo de adolescentes se tornou notícia em todo o país por conta da agressão a uma menina de apenas 15 anos por um homem insatisfeito com a iniciativa.
O homem que surge nas imagens empurrou a menina que falava sobre a mensagem do Evangelho no Terminal Nova Bahia, região norte de Campo Grande (MS). A jovem estava acompanhada de outra adolescente e uma terceira que fazia a filmagem da ação de evangelismo.
“Minha filha estava com duas amigas da igreja, por volta das 8h [de MS]. Ela nem estava falando diretamente com ele, até porque o homem permanecia com o rosto virado. É indignante ver o vídeo, eu não aceito e não é porque é minha filha, poderia ser qualquer menina. Ele poderia estar com algum objeto pontiagudo ali e a machucado. Ele deve ser um anticristo, alguém que não gosta de ouvir a palavra de Deus”, disse a mãe da jovem agredida, Vani Garcia da Silva, 41 anos.
Em entrevista ao portal G1, Vani afirmou que registraria um Boletim de Ocorrência (B.O.): “Nós fomos até a 3ª Delegacia de Polícia e lá eles orientaram para ir até uma delegacia especializada, já que ela é menor de idade. Desde ontem, estou super nervosa e estressada. Minha filha está quieta, receosa, não quer falar muito sobre este assunto. Mas, eu considero o que aconteceu uma violência contra a mulher. Isso não pode acontecer, ela apenas estava evangelizando, já tinha feito isso em escolas”, comentou.
A família compartilhou o vídeo da agressão nas redes sociais, e o padrasto da jovem lamentou o incidente, expressando inconformismo: “O cara fez isso de repente. Ele levantou e quase a derrubou. Foi um absurdo para um homem com aparência de mais de 30 anos, então decidimos postar nas redes sociais para ver se alguém o conhece. Era só levantar e ir embora”, argumentou Johnny Domingos, 48 anos.
A delegada Marília de Brito, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (DEPCA) comentou o caso e afirmou que pode ser enquadrado como uma situação vexatória ou de perturbação da tranquilidade, entre outras infrações. “Provavelmente será apurado mediante Termo Circunstanciado de Ocorrência [TCO]. Teremos de apurar ainda se, além do vídeo, houve alguma agressão verbal, se eles já se conhecem, algo do tipo. No vídeo, o que temos é um empurrão e a infração penal de menor potencial ofensivo será apurada”, declarou.