A informação de que o grupo terrorista Estado Islâmico teria sido derrotado em 2019 parece não condizer com uma recente onda de ataques promovida por radicais islâmicos na África, precisamente na região de Moçambique, onde 50 pessoas foram assassinadas recentemente.
Os terroristas buscam se reagrupar para estabelecer um novo califado na parte sul do continente africano, segundo informações do The Times, que noticiou a morte de 50 pessoas, entre mulheres e crianças, em um espaço de três dias em uma aldeia de Moçambique.
Os assassinatos ocorreram em um campo de futebol da aldeia. Segundo o editorial, mulheres e crianças foram decapitadas e tiveram seus corpos desmembrados.
“Eles queimaram as casas e depois perseguiram a população que fugiu para a floresta”, disse Bernardino Rafael, chefe da polícia de Moçambique, em entrevista coletiva. Ele informou que os radicais islâmicos alcançaram os fugitivos e “começaram com as suas ações macabras.”
Apesar da ocorrência gravíssima contra dezenas de vidas, e do apelo do governo de Moçambique por ajuda internacional para lidar com o extremismo islâmico no país, o atentado praticamente não teve qualquer repercussão nas mídias tradicionais.
Aparentemente, apenas veículos especializados em perseguição religiosa e do próprio segmento religioso vêm repercutindo o atentado, o que chama atenção pela grave situação da população vítima do radicalismo islâmico no continente africano.
Em julho desse ano, a organização Portas Abertas também reportou outro ataque de extremistas em Moçambique, onde mais 52 jovens foram assassinados por se recusarem a não aderir ao terrorismo dos jihadistas.
“A ação dos radicais alcançou aldeias próximas e matou 52 jovens em Xitaxi, pela recusa de se juntarem ao grupo. Em demais vilarejos como Miangalewa, Namacunde, Ntchinga e Moatid, os jihadistas queimaram uma igreja e destruíram instituições locais”, informou a entidade.
Ainda segundo a Portas Abertas, cerca de 20 líderes cristãos e 300 famílias já enviaram pedidos de ajuda para a organização, que pede aos seguidores de Cristo em todo o mundo para que se mobilizem em oração e recursos contra a perseguição religiosa nessas regiões.
“Ore para que os colaboradores da Portas Abertas tenham criatividade e recursos para socorrer todos os irmãos e irmãs vítimas do extremismo islâmico local”, pede a entidade.