Para algumas pessoas, chegar ao conhecimento da verdade pode ser um verdadeiro desafio, especialmente quando isso envolve visões distorcidas a respeito de Deus e traumas familiares. No caso de Azira, que foi uma muçulmana devota por influência dos seus pais, essa realidade marcou a sua vida.
Apesar da família ser muçulmana, Azira disse que vivia em um ambiente conturbado dentro do seu lar, devido aos vícios e agressividade do seu pai, após a separação da sua esposa.
“Eu amava meu pai, mas ele não conseguiu se recompor [depois do divórcio] para ser o pai que eu precisava. Ele trabalhava, bebia muito todas as noites e provocava brigas, disse ela.
Com a separação dos pais, Azira ficou com a sua mãe, que posteriormente se casou com um católico. Esse foi o primeiro contato da jovem com uma versão do cristianismo histórico. Ambas, então, se converteram ao catolicismo, mas isso não foi suficiente para fazer a jovem conhecer o verdadeiro Deus.
“Estou grata pela minha experiência católica, mas os meus medos de infância e a dor muito real causaram fraturas na minha fé, em vez de me aproximarem da compaixão e da misericórdia de Deus”, disse ela.
Um desses traumas foi um abuso sexual que Azira sofreu, praticado por um tio. Anos se passaram, até que a jovem perdeu o seu pai, vítima de um ataque após uma briga em m Durban, na África do Sul, onde a família vivia.
A morte do pai foi algo que afetou bastante a muçulmana convertida ao catolicismo. Ela, então, passou a viver de forma promíscua, mas mantendo uma vida de aparências, ou “uma vida dupla”, como ela mesma definiu, segundo o Eternity News.
Azira contou que aparentava ser uma “boa menina” para os familiares, mas mantinha um estilo de vida regado à “festas intensas na maioria dos fins de semana”. Porém, tudo mudou para a muçulmana quando ela foi convidada para assistir uma peça de teatro sobre a Páscoa. Nessa época a família morava na Austrália.
“Ao assistir àquela peça teatral a história de Jesus ganhou vida. Ele não era apenas um conceito religioso distante; Ele é uma pessoa viva”, lembra a jovem. “Algo em mim mudou. Eu realmente o vi pela primeira vez. Eu vi o que Ele fez e de repente soube que precisava dele. Eu vi que eu era dele o tempo todo”.
Desde então, Azira decidiu se entregar verdadeiramente a Cristo. “A única coisa que ficou muito clara para mim foi que nunca mais ficaria sozinha ou abandonada. Apesar da minha rejeição a Deus e de toda a feiúra interior que me fazia sentir tão indigna de seu amor, eu sabia que teria um amigo para sempre”, concluiu.