Com as atividades suspensas na Angola, por conta das investigações sobre a fatídica tarde do dia 31 de dezembro de 2012, quando 16 pessoas morreram no evento “Dia do Fim” devido à superlotação do local onde a celebração era realizada, a Igreja Universal do Reino de Deus estaria enviando sms para os fiéis irem à porta dos templos para orar.
O governo do país determinou que todas as atividades da IURD e de outras denominações neopentecostais, como a Igreja Mundial do Reino de Deus, fossem suspensas. Como forma de manter os fiéis envolvidos com a denominação, pastores estariam fazendo cultos secretos em suas casas.
Os contatos por sms convocam os membros da Universal a orarem na porta dos templos, e segundo o portal Angonotícias, seria uma forma de pressionar as autoridades angolanas. A suspensão das atividades das igrejas no país foi estabelecida por um prazo inicial de 60 dias, e a contar da data de vigência, restariam apenas 13 dias. Há o temor que o governo prorrogue o prazo, caso as investigações não tenham sido concluídas.
“Venha fazer a sua oração na porta da igreja”, diz o sms recebido pelos fiéis, que em muitos casos, atendem aos apelos.
Procurado pela reportagem do portal Angonotícias, o bispo Bartolomeu, líder da IURD de Luanda, afirmou que não tem conhecimento do envio de mensagens de texto para os fiéis: “Não tenho conhecimento dessa atividade”, disse, alegado que a cúpula da denominação não tem qualquer ligação com a aglomeração feita pelos fiéis nas redondezas dos templos.
Entretanto, um dos fiéis abordados pela reportagem confirmou que estão havendo cultos domiciliares e reuniões nas portas das igrejas, e reafirma o desejo de ver a IURD voltar às atividades: “O fato de o Governo ter suspendido as nossas atividades não quer dizer que deixemos morrer a nossa fé. Temos orado muito e sabemos que o diabo não sairá vencedor e que conseguiremos ultrapassar essa situação”, afirmou Adão, que garantiu ter recebido mensagens de texto e disse não se importar com as origens: “Também recebi mensagens e faço questão de partilhá-las, para que mais pessoas tenham a oportunidade de participar nesta importante corrente”, pontuou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+