Adélio Bispo de Oliveira, 41 anos, esteve perto de matar Jair Bolsonaro (PSL) há exatamente um ano, em Juiz de Fora (MG). Uma facada no abdômen foi a tentativa do lunático para cumprir o que ele define como “missão de Deus”.
Mesmo detido no presídio federal de Campo Grande (MS), Adélio mantém-se comprometido com a ideia de matar Bolsonaro, que foi eleito presidente no segundo turno das eleições de 2018, e também o ex-presidente Michel Temer (MDB).
Laudos psiquiátricos e documentos no processo judicial aberto após a facada em Bolsonaro mostram que o criminoso – considerado inimputável pela Justiça – mostram que Adélio não desistiu de tentar os assassinatos. “Quando sair, eu vou matar o Temer. Sei até onde ele mora, no Alto de Pinheiros”, disse ele a um dos avaliadores, citando o bairro da capital paulista onde o ex-presidente vive.
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o alto grau de periculosidade foi considerado pelo juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, ao decidir pela internação de Adélio por tempo indeterminado. Como o caso envolve a segurança de terceiros, o juiz se precaveu e alertou as equipes de segurança de Bolsonaro e Temer sobre as intenções do detento.
Sobre Bolsonaro, Adélio declarou que se sente na obrigação de concluir a missão para a qual foi “escolhido por Deus” com a suposta finalidade de “salvar o Brasil” e evitar que “coisas ruins” possam acontecer.
Nessas seções, disse ainda que uma voz que o acompanha já lhe disse para comprar uma arma. As “coisas ruins” seriam a entrega das riquezas do Brasil ao Fundo Monetário Internacional (FMI), à máfia italiana e aos maçons.
No dia 29 de agosto de 2018, Adélio pesquisou se o então senador Magno Malta (PL), à época aliado de Bolsonaro, era maçom. Outro candidato à presidência da República, João Amoedo, também fez parte da pesquisa.
Na prisão, ele se recusa a receber tratamento para controlar o transtorno delirante persistente, doença mental com a qual foi diagnosticado e que garantiu que não fosse condenado pelo crime. Nesse cenário, passou a dizer que ouviu de Deus uma ordem para não se envolver com mulheres, e por causa disso, busca controlar desejos sexuais com o objetivo de cumprir a tal missão para a qual acredita que foi chamado.