O contexto histórico pode influenciar na análise de estudiosos da Bíblia a respeito da origem do anticristo, afirmou Joel Richardson, um escritor e artista plástico norte-americano que se propôs a estudar o tema.
Ao longo da história, as pessoas sempre associaram a figura do anticristo a personagens públicos polêmicos, como por exemplo, adeptos da Reforma Protestante que viam no Papa uma figura satânica; ou cristãos da época da Guerra Fria, que enxergavam na União Soviética uma concentração do mal.
“Eu entendo que eu vou ser visto como um estranho cristão apocalíptico. Mas estou plenamente certo de que o anticristo será um muçulmano e sairá do mundo muçulmano”, afirmou Richardson.
De acordo com informações do Huffington Post, além de Richardson, diversos outros cristãos conservadores levantam a ideia de que um anticristo de origem muçulmana levantará um exército para atacar Israel, e assim, cumprir as profecias bíblicas do apocalipse.
“Hoje, estamos vendo os sinais iniciais de que a profecia está para se cumprir”, diz o escritor, referindo-se às constantes ameaças de líderes islâmicos contra Israel.
Sobre a tese em torno da origem do anticristo no mundo muçulmano, o professor de religião Glenn Shuck diz que “a mudança para o Islã estava apenas esperando para acontecer”. Glenn leciona no Williams College entende que os anseios de cada época sempre refletem na interpretação do texto bíblico.
A visão do professor Glenn Shuck é compartilhada por Robert Fuller, professor de estudos religiosos na Universidade de Bradley, em Peoria, Illinois: A ideia do anticristo é muito sensível a mudanças em eventos atuais. É um símbolo para o que é mais inquietante ou preocupante”, observa.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+