Confiar em Deus, custe o que custar, não importa quão difícil seja o prognóstico e às circunstâncias, essa foi a escolha da família do empresário cearense José Humberto Rabelo, de 65 anos, que só após dois meses internado por causa de complicações em decorrência do Covid-19, conseguiu receber alta médica.
Humberto começou a sentir os primeiros sintomas do coronavírus ainda no começo de dezembro do ano passado. Foi levado ao hospital e depois retornou para a sua casa com a sua filha, que é enfermeira. Mas, naquele momento eles não imaginavam que a luta só estaria começando, pois em vez de melhorar. o empresário apresentou pioras.
“Foram cinco infecções por bactéria e um fungo, sequelas da covid, pois estava altamente imunodeprimido. Após 15 dias de uti, ele teve grande melhora e foi novamente pra CTI e depois de outra semana, ele foi pra enfermaria”, disse a filha, Lisandra Rabelo.
O empresário ficou no total 64 dias hospitalizado, até que pôde ir para a enfermaria, onde segundo a filha “passou 3 dias e teve alta” apenas no dia 16 de fevereiro. “Ele é o nosso milagre”, disse Lisandra, segundo informações do Diário do Nordeste.
Esperança em Deus
Por causa das complicações em decorrência do Covid-19, a equipe médica chegou a consultar os profissionais de cuidados paliativos, os quais cuidam do paciente quando às chances de recuperação do mesmo são poucas ou nenhuma.
“Foram dias de desespero, dias de dor, saudade, como nunca antes tínhamos passado”, lembra a filha. Ela, porém, disse que a família perseverou na fé em Deus, certa de que Humberto poderia ser livrado da morte.
“Nos unimos em oração constante na casa de nossos pais, com muita súplica e louvor a Deus”, disse ela. “Passamos por muitos processos, principalmente a nossa mãe, esposa de Humberto, que sofreu muito e até foi acometida por uma amnésia durante o dia inteiro, depois de passar muitas noites e dias sem dormir e comer direito”.
Felizmente, após muita oração, Humberto finalmente voltou para casa. “Nós não perdemos a esperança em Deus, mesmo quando ouvimos por uma médica que se ele pegasse mais uma infecção, eles não saberiam mais o que fazer”, disse a filha.