O assassino da jovem Lílian Obalski, Fábio Silva, foi condenado ontem a 18 anos de prisão em regime fechado. O júri reconheceu que Fábio cometeu homicídio qualificado contra a vítima, morta em seu apartamento no dia 9 de janeiro do ano passado. O réu terá ainda que indenizar em 20 salários mínimos as duas filhas de Lílian.
O pastor evangélico Sérgio Obalski, 54 anos, pai de Lílian, não ficou satisfeito com a sentença. “Daqui a pouco ele pede redução de pena e vai estar livre. Justiça, só a de Deus mesmo”. Familiares e amigos da vítima usavam camisetas estampadas com o pedido de “pena máxima ao monstro Fábio Silva”. Pelo crime, o réu poderia ser condenado a até 30 anos de prisão.
O advogado de defesa do réu, Antônio Maria Freitas Leite, afirmou que irá recorrer da decisão. Fábio, no entanto, não poderá aguardar o recurso em liberdade, já que o juiz o considerou “de alta periculosidade”, pela crueldade com que o crime foi cometido. Lílian foi morta com vários golpes de canivete no pescoço.
Fábio estava no último ano do curso de Direito e era funcionário público quando cometeu o crime. A defesa levantou a tese de “homicídio privilegiado”, cometido sob o domínio de “violenta emoção”, o que daria uma pena de seis a 12 anos ao réu, que confessou o crime.
Na primeira parte do julgamento, que teve início às 8h e terminou depois das 22h, o juiz Ricardo Salame, da 2ª Vara de Juízo de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, ouviu as testemunhas de acusação Jonas Pereira dos Santos e Carlos Tadeu da Cunha. Jonas é amigo próximo de Fábio Silva da Silva. Ele afirmou que o estudante de Direito sempre foi um rapaz tranquilo e assim teria sido no relacionamento com a jovem.
O salão onde ocorria o julgamento estava lotado. Em muitos momentos os familiares emocionaram-se. Foram dez testemunhas arroladas ao processo, sendo cinco de defesa e cinco de acusação.
Fonte: Diário do Pará / Gospel+
Via: O Verbo