Restando praticamente dois dias para a eleição 2022, a busca pelo voto evangélico continua acirrada entre os candidatos, e nesse segmento uma denominação se destaca em termos numéricos: a Igreja Assembleia de Deus.
Composta por diferentes convenções, a Assembleia de Deus detém o maior número de evangélicos do país. Segundo levantamento do Instituto Datafolha em 2020, o montante corresponde a 31% da população, o equivalente a incríveis 60 milhões de pessoas.
Em função disso, não é surpresa ver um grande número de candidatos buscando o apoio das igrejas evangélicas. Entre eles está o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na outra ponta está o atual chefe do Executivo, Jair Messias Bolsonaro (PL), que detém amplo apoio do segmento evangélico. Nesse quesito, a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e a Assembleia de Deus Madureira, da Convenção Nacional das Assembleias de Deus Ministério Madureira (CONAMAD), já manifestaram apoio ao atual presidente.
Figuras de peso
A Assembleia de Deus tem tido uma atuação notável no cenário político, com diversas figuras eleitas para cargos legislativos. O pastor e candidato a deputado federal Marco Feliciano é um desses exemplos.
Além de Feliciano, este ano a denominação tem como meta eleger um candidato a deputado federal por estado, ou no máximo alguém que tenha proximidade com os assembleianos. Esta foi uma proposta feita pelo deputado Sóstenes Cavalcante, presidente da Frente Parlamentar Evangélica.
“Quero fazer um apelo para a Assembleia de Deus no Brasil e deixar ao pastor José Welligton um grande desafio: Quem sabe nessa AGO nós possamos sair daqui com o desafio de eleger um deputado federal da CGADB para cada estado e dobrar a bancada de senadores”, disse ele.
Para a candidatura do atual presidente da República, esta mobilização significa um somatório de forças aliadas em um eventual segundo mandato.
Independentemente do cenário futuro, o fato é que a Assembleia de Deus poderá ser um fator determinante para a reeleição de Bolsonaro, o que mais uma vez confirmará o grande papel dos evangélicos nos rumos do Brasil.