No Brasil, os praticantes do surfe foram vistos por muito tempo como “rebeldes sem causa” devido ao comportamento fora dos padrões mais comuns, e também por causa do alto índice de usuários de drogas entre os praticantes do esporte. Porém, esse cenário já não ilustra 100% da realidade atualmente.
Muitos dos principais nomes do surfe profissional do Brasil se identificam cristãos. Em estágios diferentes de aproximação da fé, esses atletas tomam Jesus e a Bíblia Sagrada como referência para buscar a superação de limites, segundo informações da Waves.
Gabriel Medina, 20 anos, considerado uma promessa no surf mundial, vive a iminência de desbancar Kelly Slater e se tornar campeão do mundo no esporte. Por influência da mãe, Medina pratica a leitura de um devocional chamado “Pão Diário”.
A mãe do atleta é frequentadora da Bola de Neve Church, e presenteou o filho com o livro: “É irado! Meu pai não vai à igreja, mas minha mãe vai sempre na Bola de Neve e me deu esse livro. Ela está me ensinando a ler a Bíblia. Não entendo muito. Tem umas palavras sinistras! Mas oro sempre antes de dormir”, relata o jovem atleta.
O veterano Dadá Figueiredo, que também era considerado uma promessa no esporte, sofreu com o abuso de drogas e viu a carreira seguir caminhos que não eram os esperados. Com a ajuda de amigos cristãos, superou o vício. “Aprendi a ter um relacionamento com Cristo e com os valores que ele prega. Jesus é a luz no fim do tubo”, diz o surfista.
Já Adriano de Souza, 27 anos, conhecido como Mineirinho, relatou que a fé tem sido seu sustento durante as fases difíceis.
Campeão mais jovem da história do Mundial Júnior (com 16 anos, em 2003) e do WQS, a segunda divisão do surfe mundial (aos 18 anos, em 2005), Mineirinho se apoia na crença em Deus para superar desafios. Lesionado, buscou forças na fé para superar as limitações e competir na etapa de Portugal do Circuito Mundial de Surfe (WCT).
“Estou sentindo uma dor muito forte no joelho, mas Deus está comigo e eu não sofri essa lesão à toa. Hoje é dia de superação, essa será a minha maior arma. Quando fui campeão aqui, também estava com uma lesão no joelho. Não estou 100%, estou 50%, mas estou muito focado e tenho fé que posso conseguir um bom resultado. A minha esperança é a última que morre. Estou orgulhoso de mim por ter me superado em uma situação dramática. Dei tudo o que podia. Fiquei muito feliz por ter vencido. Mas, embora não estar 100% estou muito bem mentalmente”, contou Mineirinho.