Vice-presidente da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, a pastora Flordelis (PSD-RJ) se tornou um incômodo entre os deputados evangélicos, que não sabem o que fazer em relação à colega, que é investigada pela morte do marido, pastor Anderson do Carmo.
Na última terça-feira, 27 de agosto, um grupo de deputados da bancada evangélica se reuniu para defender seu afastamento, enquanto outros ponderaram que, como cristãos, é preciso aguardar que a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público façam uma acusação formal.
De acordo com informações do jornal O Globo, não se chegou a um consenso. De acordo com a jornalista Natália Portinari, “Flordelis chegou à reunião, atrasada, e o assunto mudou”.
“Ela cumprimentou os colegas e, de resto, se manteve calada. Antes da morte do marido, a deputada e cantora gospel era uma das mais ativas da frente, uma das poucas mulheres com (sic) a se envolver em articulações durante as reuniões e a participar das discussões do grupo”, acrescentou a jornalista d’O Globo.
Ouvido pela reportagem, o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) se colocou no grupo dos parlamentares que optam por esperar o desfecho da situação: “Como evangélicos, o importante nesse momento é evitar qualquer tipo de pré-julgamento”, declarou.
Ainda segundo a reportagem, Abílio Santana (PL-BA), amigo de Anderson e Flordelis, é um dos que se amargurou com a morte do pastor, de quem era muito próximo, e tem publicado notícias sobre o envolvimento da viúva no caso no grupo de WhatsApp dos deputados.
“Flordelis está no grupo, mas não responde às mensagens. Procurado, Abílio não quis comentar o caso. Recentemente, a deputada chegou a procurar o pastor Marco Feliciano (PODE-SP) para intermediar uma conversa sua com Santana e reatar a amizade”, escreveu Portinari.
Entre os integrantes da bancada evangélica, muitos estariam mantendo a relação com Flordelis por cordialidade, e enfatizam que aguardam a conclusão da investigação para formar opinião. Outros, no entanto, já estariam ensaiando debates sobre como se posicionar caso um processo de cassação do mandato seja aberto em caso de acusação contra a deputada.
Deputados dizem que ainda a cumprimentam, mas, como aguardam a conclusão da investigação policial para formar opinião, têm evitado conversar. Alguns já especulam como irão se portar em um eventual processo de cassação, caso haja uma acusação contra a deputada.