Uma pesquisa realizada pelo Datafolha, sugerindo que há uma predileção entre evangélicos pelo ex-presidente Lula (PT), fez a bancada evangélica se mobilizar e contratar uma pesquisa particular para provar que os dados apresentados pela empresa do Grupo Folha não são verdadeiros.
Na última semana, a empresa de pesquisas divulgou um relatório que aponta o ex-presidente Lula (PT) como o mandatário melhor avaliado pelos evangélicos, mesmo envolvido em diversos processos por corrupção e lavagem de dinheiro.
Agora, as lideranças evangélicas – em especial pentecostais e neopentecostais – se moveram para contratar uma empresa para fazer uma pesquisa no segmento e confrontar os dados levantados pelo Datafolha.
Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), deputado federal que assumirá a presidência da Frente Parlamentar Evangélica em 2022, e o bispo Robson Rodovalho, líder da igreja Sara Nossa Terra, entendem que as pesquisas mais recentes não refletem a realidade.
De acordo com a CNN Brasil, ambos compreendem que mesmo com as dificuldades econômicas decorrentes da crise nascida na pandemia, a maioria dos evangélicos continua apoiando o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entretanto, a bancada evangélica e outros líderes que possuem trânsito junto ao governo entendem que é preciso agir para amenizar os efeitos da crise, pois o impacto maior se dá sobre as classes econômicas menos favorecidas, onde está a maior parte do rebanho evangélico.
O programa social Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa-Família, ampliando sua abrangência e relevância, é uma das respostas do governo para esses problemas, aliado ao combate à inflação.
A analista Thais Arbex, da CNN, disse ter ouvido de Rodovalho que a classe média e os pequenos empresários precisam ser atendidos, pois esse grupo também carece de estímulos, como algumas reformas propostas e atualmente debatidas no Congresso, principalmente a tributária.