A intenção da bancada evangélica de eleger o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) para o exercício de 2015 foi barrada por uma manobra do PT.
O atual presidente da CDHM, deputado Assis do Couto (PT-PR), rejeitou a candidatura avulsa de Sóstenes Cavalcante, alegando que havia um acordo entre os partidos de que a presidência da comissão ficaria com Paulo Pimenta (PT-RS).
“Eu indefiro a candidatura avulsa, respeitando a indicação oficial que é tirada com base na proporcionalidade”, disse Couto. A decisão terminou adiando a eleição da nova diretoria da CDHM, segundo informações do G1.
Sóstenes Cavalvante é pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) e contou com o apoio do pastor Silas Malafaia para se eleger pela primeira vez a um mandato. Sua candidatura avulsa contava com apoio de diversos parlamentares, como por exemplo, Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), ex-presidente da CDHM.
No Twitter, Feliciano disparou críticas contra o PT e acusou o partido de se mobilizar contra os evangélicos em geral: “Porque o deputado Sóstenes não pode presidir a CDHM? Desde ontem articulamos, para mostrar para todos que [a implicância] não é [com o] Feliciano, é qualquer evangélico! O regimento foi alterado na surdina proibindo candidatura avulsa, mas encontramos no próprio regimento apoio para candidatos do Bloco do PT. Temos votos. Temos o regimento. Mas agora é esperar a coragem dos líderes de partidos em manter nossos nomes da comissão. Usam o argumento “acordo político” não se quebra. Mas quando fui o candidato acordado, o PT, PSOL, PCdoB e outros se levantaram contra”, criticou Feliciano.
O pastor ainda enviou uma mensagem de apoio ao colega de parlamento e ministério: “Preconceito! Perseguição religiosa! Tudo isso e mais um pouco! Amigo deputado Sóstenes, não recue! Estou do seu lado amigo”, escreveu.
5) Preconceito! Perseguição religiosa! Tudo isso é mais um pouco! Amigo @DepSostenes não recue! Estou do seu lado amigo.
— Marco Feliciano (@marcofeliciano) 4 março 2015