O ministro Sérgio Moro recebeu os pastores Marco Feliciano (PODE-SP) e Silas Câmara (PRB-AM) em seu gabinete na última quarta-feira, 12 de junho, além de dezenas de outros parlamentares da bancada evangélica.
O encontro entre os deputados e Moro se deu em meio à repercussão da invasão feita por um hacker nas conversas entre o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) e o procurador Deltan Dallagnol, trocadas pelo aplicativo de mensagens Telegram.
De acordo com informações do jornal O Globo, o grupo da bancada evangélica que compareceu ao gabinete de Moro no Ministério da Justiça era formado por aproximadamente 30 deputados.
A conversa durou aproximadamente 40 minutos, e o ministro negou que tenha combinado atuações com a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) no período em que, enquanto juiz, era responsável pelos processos relativos à Operação Lava-Jato.
“Ele nos disse que foi um vazamento criminoso, que não pode confirmar nada até porque não sabe o conteúdo total”, declarou o pastor Marco Feliciano após a reunião. “Moro disse que está tranquilo, que quem não deve não teme e que não houve conluio algum”, acrescentou.
Ainda segundo Feliciano, a iniciativa da bancada evangélica em demonstrar apoio ao ministro Sérgio Moro tem como objetivo chamar atenção para o fato de que a Polícia Federal (PF) está investigando ataques de hackers ao magistrado e a procuradores da Lava-Jato.
Feliciano contou ainda que, ao final do encontro, Silas Câmara (PRB-AM) teria questionado Moro se ele aceitaria uma oração. “Então, nós nos colocamos em oração por ele”, relatou o pastor.
Antes do encontro com a bancada evangélica, Sérgio Moro foi ao Palácio do Planalto juntamente com o diretor da PF, Maurício Valeixo, para uma reunião de emergência com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). A audiência não constava nas agendas oficiais e os assuntos debatidos não foram divulgados.