Um bate-boca acalorado entre os deputados federais Cabo Daciolo (PATRI-RJ) e pastor Marco Feliciano (PODE-SP) no Plenário da Câmara dos Deputados mostrou um segundo round da troca de farpas entre ambos, iniciada logo após o final do primeiro turno das eleições.
Feliciano procurou o Conselho de Ética da Câmara e abriu uma representação contra Daciolo após ter sido acusado pelo colega de fazer parte da maçonaria. A afirmação do candidato derrotado à presidência da República foi feita num vídeo publicado nas redes sociais.
Na última quarta-feira, 17 de outubro, os dois se encontraram na Câmara e bateram boca. O encontro foi filmado por diversas pessoas que cercavam a dupla, e os vídeos circulam nas redes sociais
Durante o bate-boca, Feliciano provocou: “Deus não falou que você ia ser presidente da República? O mesmo deus que disse que ele ia ser presidente da República disse a ele que eu sou maçom. Estou pedindo pra ele provar. Ele é tão menino, é tão calça curta que não presta nem para conversar”, disse Feliciano.
“Tem envolvimento. O tempo vai mostrar. Ainda tem pomba-gira também. Se liga. Vigia e ora. E vamos esperar para ver o que Deus vai fazer”, rebateu Cabo Daciolo, que acrescentou dizendo que seu vídeo fala sobre “as pessoas que estão comercializando a palavra de Deus”.
“Citei ele (Feliciano) e Silas Malafaia como exemplo do envolvimento deles com a maçonaria. Maçonaria essa que está no poder desde sempre no nosso país. Vamos esperar o tempo, Deus vai revelar. Eu só pedi para eles se arrependerem e virem para Jesus e ficarem no primeiro amor, no caminho do Senhor Jesus que é amor, não comercializar a palavra de Deus”, argumentou o ex-candidato a presidente.
Ao longo da discussão, os dois se ofenderam com termos como “falso profeta”. Para Daciolo, “o povo não vai ser mais enganado” por líderes religiosos como Feliciano, que retrucou: “Criança, maluco, demente, neurótico e desequilibrado”.
“Se é demônio, expulsa”, acrescentou Feliciano, em referência à acusação feita por Daciolo de estar sob opressão demoníaca. “Eu não sou maçom, mas se eu fosse, qual o demérito? Qual o problema?”, indagou.
Daciolo, nitidamente querendo por fim à discussão, disse ao colega: “Volte para o primeiro amor”.
“Ainda bem que o Parlamento se livrou de você”, encerrou Feliciano.
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