A decisão da Suprema Corte dos EUA que derrubou o precedente jurídico que legalizava o aborto no país resultou em 32.000 casos a menos de interrupção da gravidez, aponta uma entidade que se dedica a monitorar esses casos na sociedade.
Desde a decisão, 13 estados aprovaram leis que resultaram na proibição do aborto, ou pelo menos estabeleceram barreiras consideráveis contra a interrupção das gravidezes. Foram eles: Idaho, Dakota do Sul, Wisconsin, Missouri, Kentucky, Virgínia Ocidental, Tennessee, Arkansas, Oklahoma, Louisiana, Mississippi, Alabama e Texas.
A Society of Family Planning publicou um relatório apontando que 32.260 bebês tiveram a chance de viver e que o número de abortos caiu mês após mês desde a mudança feita pela Suprema Corte: “A taxa nacional de aborto caiu de 13,2% a cada 1.000 mulheres em idade reprodutiva para 12,3%”.
De acordo com informações do portal Christian Headlines, a entidade afirmou que “bebês estão sendo salvos e as mães protegidas dos danos do aborto”, com as quedas mais significativas sendo registradas nos estados onde leis pró-vida foram aprovadas. Nesses locais, “um total cumulativo de 43.410 pessoas a menos fizeram abortos”.
Existem outros estados com leis mais frágeis, como a Geórgia, onde os abortos agora são proibidos após seis meses de gravidez. Já nos estados de Arizona e Flórida, o procedimento de interrupção é proibido após 15 semanas de gestação. Em Utah, o limite gestacional para abortos é de 18 semanas, enquanto o limite é de 20 semanas na Carolina do Norte.
A revista Time noticiou que a mudança na legislação foi seguida de uma queda de 96% nos abortos nos 13 estados mencionados de julho a dezembro, em comparação com os realizados em abril e maio. Houve também uma queda de 40% nos abortos na Geórgia.
A pesquisadora Tessa Longbons, que atua pelo Charlotte Lozier Institute, elogiou os números apresentados no relatório, afirmando que as leis pró-vida estão “salvando vidas” na prática, e “contribuindo para uma queda no aborto em todo o país”.