Um dos representantes do grupo rebelde que rompeu com a direção da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola concedeu uma entrevista afirmando que o movimento de rebelião iniciado no país africano já dá sinais de que alcançará os templos da instituição no Brasil.
Felner Batalha, bispo que atua como porta-voz do grupo que acusou os brasileiros que atuavam na Igreja Universal em Angola de cometerem crimes como racismo, xenofobia e evasão de divisas, afirmou que há movimentos rebeldes em filais da Universal em outros países, como por exemplo o Brasil.
“Eu acredito que a reforma da Igreja Universal vai acontecer aí no Brasil. Quem viver, verá. Vai acontecer em Portugal, na Argentina, nos Estados Unidos. Vai acontecer em Moçambique, na África do Sul, na Alemanha, em todos os países onde está a igreja”, disse Batalha em entrevista ao portal de esquerda DCM.
O bispo acrescentou que os problemas apontados por seu grupo em Angola se repetem em outras nações: “As táticas são as mesmas e os pastores estão cansados de viver na opressão, na humilhação e discriminação. Então, a reforma é irreversível, vai acontecer”, garantiu.
O líder neopentecostal angolano se negou a revelar detalhes da insurgência contra o bispo Edir Macedo em outros países, por temer que a divulgação “talvez atrapalhe o processo dos locais que eu citar”.
“Durante muito tempo todo o mundo acreditou que o bispo Macedo era intocável e que ele não perdia nenhuma causa. Mas o que está acontecendo aqui em Angola é prova de que o bispo Macedo não é invencível. E quando há injustiças e crimes, quem de direito tem de pagar”, discursou Batalha.
Recentemente, as autoridades angolanas convidaram os bispos brasileiros da Igreja Universal a deixarem, “voluntariamente”, o país, uma vez que a Justiça local deu ganho de causa aos pastores do grupo rebelde.