Rogério Evandro Formigoni, mais conhecido como bispo Formigone, da Igreja Universal do Reino de Deus, se especializou durante os anos de ministério no acolhimento de dependentes químicos. Ele é autor do livro “A Última Pedra”, que conta a sua própria história de vida, detalhando como conseguiu a cura dos vícios que possuía.
Em uma entrevista dada à Folha Universal, Formigone relata um pouco da sua experiência pessoal com as drogas:
“…comecei dando meu primeiro trago em um cigarro na escola, com amigos, e logo experimentei pela primeira vez a maconha que me dava uma ‘brisa'”, disse ele.
“Dessa forma, aquilo que era só para experimentar tornou-se meu maior pesadelo porque vieram as outras drogas, como cocaína, cola, anfetaminas, LSD, chás alucinógenos, crack e tudo que dava uma sensação de euforia ou poder eu estava topando”, acrescentou.
“O vício é a ausência de alguma coisa”.
Durante uma participação no programa “Pânico”, exibido pela Jovem Pan, o bispo Formigone apresentou uma compreensão diferenciada do que é dito frequentemente por alguns profissionais da saúde, como psicólogos e psiquiatras. O conceito tradicional afirma que a dependência química não tem cura, mas sim controle. Ou seja, que “uma vez dependente, sempre dependente”.
Essa não é a compreensão do bispo Formigone, e ele explica isso alegando que a origem do vício em drogas é pela “ausência de alguma coisa”, sugerindo que uma vez compreendida e suprida essa ausência, o vício desaparece:
“Se você tem um vazio, uma angústia e não tem um Deus para te guiar, você vai recorrer à uma substância. A substância, seja ela qual for, passa a ser o seu senhor, você se torna escravo e vive em função dela”, disse ele.
“Se o vício fosse só a substância, então a ciência iria criar uma outra substância para neutralizar [seu efeito], como existe hoje a ibogaína, que é aplicada em uma injeção que custa de 8 a 10 mil reais e propõe tirar a vontade — o que é puro engano”, explicou.
Formigone afirma que o vício também é controlado por um espírito, presente na mente de quem é dependente. Ele exemplifica dizendo que uma vez que Deus habita na vida do usuário, o vício desaparece, uma vez que o problema dos vícios, segundo ele, é “estritamente espiritual”:
“Quando você tira o espírito do vício que domina a mente, a pessoa na hora começa a ter nojo daquilo que dominava a vida dela.”. Assista no vídeo abaixo: