O presidente Jair Bolsonaro assumiu uma posição bem taxativa em relação ao ministro e pastor Milton Ribeiro, chefe do Ministério da Educação. Após o vazamento de um áudio onde o líder do MEC teria indicado o favorecimento dos aliados do governo para o repasse de verbas, o comandante da pasta passou a ser alvo de acusações de corrupção.
Bolsonaro, contudo, disse acreditar na honestidade do ministro, que também é pastorda Igreja Presbiteriana. “O Milton, coisa rara de eu falar aqui. Eu boto minha cara no fogo pelo Milton, minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia com ele”, declarou.
A fala de Bolsonaro foi durante a sua live semanal, onde expõe dados referente ao seu governo e aborda temáticas de interesse público. Na ocasião, ele deu a entender que as acusações contra o pastor Milton Ribeiro são frutos de interesses políticos pelo comando do MEC.
“Agora, tem gente que fica buzinando, faz chegar pra mim: ‘Manda o Milton embora, já tenho um bom nome para botar aí.’ Tem gente que quer botar alguém lá, mas não fala publicamente, ‘ó eu tenho um nome’”, disse Bolsonaro.
Milton Ribeiro já havia divulgado uma nota negando qualquer favorecimento. No entanto, figuras como os pastores Marco Feliciano e Silas Malafaia cobraram maior transparência do ministro, alegando que o comunicado foi “genérico”.
Bolsonaro, por sua vez, argumentou ainda que Milton Ribeiro já havia tomado providências ao saber do suposto lobby de alguns interlocutores do MEC, ainda no ano passado, o que parece não ter sido destacado pela imprensa tradicional.
O presidente falou ainda que os indícios não apontam corrupção, visto que os encontros do pastor Milton com os interlocutores foram oficializados por meio da sua agenda pública.
“O Milton tomou as providências. Daí, alguns falam: ‘ah, ele tinha 19 agendas’. Se ele estivesse armando, meu deus do Céu, armando, não teria botado uma agenda oficial aberta ao público”, disse Bolsonaro.
“É muito simples. Quando o cara quer armar, ele vai pelado à piscina. Vai num fim de mundo, numa praia, vai pro meio do mato. É assim que ele age, ele não bota na agenda ali o nome do corruptor, não bota”, concluiu o mandatário.