A relação entre Brasil e Estados Unidos tem ficado cada vez mais estreita na gestão do presidente Jair Bolsonaro e Donald Trump. Todavia, não é apenas no campo diplomático, econômico e de defesa militar que essa realidade tem se desenhado, mas também no teológico, através de um ministério de oração e estudo bíblico.
No início do mês, precisamente numa terça-feira do dia 3, tiveram início estudos bíblicos no Congresso Nacional em Brasília, com a participação de cinco senadores e cerca de 30 deputados federais, além de lideranças religiosas.
A iniciativa é parte de um trabalho chamado “Capitol Ministries”, fundado nos Estados Unidos em 1996. O objetivo do grupo americano, cujo líder é o pastor Ralph Drollinger, que esteve no Brasil para o lançamento do projeto em 29 de agosto, junto com a sua esposa Danielle Drollinger, é levar o Evangelho de Cristo ao centro político dos principais países do mundo.
Apesar de existir desde 1996, apenas em 2017, após a eleição de Donald Trump, o ministério conseguiu fazer estudos bíblicos e reuniões de oração dentro da Casa Branca. Muitos presidentes americanos recebiam conselhos de pastores, como o lendário Billy Graham, mas não havia formalmente o estudo da Bíblia no centro administrativo do país.
Aqui no Brasil, com a eleição de Jair Messias Bolsonaro, os americanos viram a oportunidade de trazer o ministério para Brasília, seguindo o mesmo modelo da Casa Branca.
“O presidente Bolsonaro é sem dúvida o presidente mais amigável com pastores da história do Brasil”, disse o pastor Raul José Ferreira Jr., diretor regional do Capitol Ministries em Brasília, segundo informações do Guiame.
“O presidente tem recebido líderes e comitivas de diversas denominações quase semanalmente. Esses líderes o visitam em geral para manifestar apoio e orar pelo presidente, segundo o ensino do apóstolo Paulo em I Timóteo 2:1-3”, acrescentou.
“Somos plenamente a favor da separação entre a Igreja e Estado, mas defendemos a influência da igreja no meio político através do evangelismo e discipulado das autoridades e do bom testemunho cristão, que vale mais do que palavras”, conclui o pastor.