Orar ao Senhor dos Exércitos é um privilégio do todo ser humano. Todavia, em alguns países, ter a liberdade de poder cultuar a Deus até mesmo em sua própria casa pode ser motivo de prisão. Foi isto o que aconteceu com um cristão residente da Argélia, país composto por 99% de muçulmanos.
Este episódio ocorreu em 16 de junho passado. Um cristão de 35 anos, pai de dois filhos, foi condenado a seis meses de prisão, além de ter que pagar uma multa equivalente a US$ 4,2 mil dólares, simplesmente por realizar uma reunião de oração em sua própria casa.
A sentença foi convertida posteriormente para dois meses de prisão e 100.000 dinares argelinos (cerca de US$ 840 dólares). Entretanto, o caso continuou chamando atenção de organizações internacionais que lutam pela liberdade religiosa, devido ao tipo de restrição imposta aos cristãos na Argélia.
O cristão que não quis se identificar, obviamente por receio de represálias, foi punido não apenas por orar em sua própria casa, mas também com base em uma denúncia feita por vizinhos. Ou seja, às autoridades consideraram suficiente para condenar o cidadão apenas o relato dos vizinhos, desprezando completamente o testemunho do próprio acusado.
“Incrível, mas é verdade, foi o suficiente para um vizinho denunciá-lo e acusá-lo injustamente, e ele ser condenado, tudo porque o homem recebeu um casal cristão para orarem juntos”, disse uma fonte não identificada por razões de segurança, segundo informações do Evangelical Focus.
“Ele está assustado e chocado com essa acusação”, continuou a testemunha. “A polícia convocou o cristão para interrogatório várias vezes. Durante essas visitas à delegacia, o pobre teve que suportar uma terrível pressão e intimidação, embora ele fosse conhecido como um homem de paz”.
A Argélia fica localizada no Norte da África, um continente marcado pelo crescimento da perseguição religiosa aos cristãos no últimos anos, especialmente na Nigéria e no Níger. Segundo a organização Portas Abertas, a Argélia ocupa a posição 22° na lista de países que mais perseguem os cristãos no mundo.