A Netflix foi convidada a se explicar sobre o filme do Porta dos Fundos com um Jesus homossexual na Câmara dos Deputados, após a aprovação de um requerimento de autoria do deputado Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF).
O parlamentar é integrante da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, e conseguiu aprovar o requerimento na última terça-feira, 17 de dezembro. No texto, o colegiado convida um representante da Netflix a esclarecer as motivações do filme A Primeira Tentação de Cristo, produzido pelo Porta dos Fundos e veiculado na plataforma de streaming.
Para Ribeiro, o filme transgride o artigo 208 do Código Penal, que caracteriza a produção como vilipêndio, já que o filme vem sendo acusado no Brasil e no exterior de ser uma zombaria com a fé cristã. O texto da lei determina prisão de um mês a um ano para quem “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”.;
“Uma verdadeira afronta aos valores cristãos”, disse o parlamentar, de acordo com informações do portal Poder 360. “Nós entendemos que uma obra de arte pode abordar diferentes aspectos a respeito desse período histórico sem fazer nenhum tipo de caricatura ou ofensa à imagem de Jesus. No entanto, este filme é uma verdadeira afronta aos mandamentos constitucionais. Constitui crime previsto no Código Penal e verdadeira afronta religiosa aos valores cristãos”, acrescentou Julio Cesar Ribeiro.
A petição pública online que pede a remoção do filme do catálogo da Netflix já soma 2,2 milhões de assinaturas. A empresa se recusou a comentar o convite e a mobilização popular que repudia a produção em parceria com o Porta dos Fundos.