A cantora Tania Levy, 38 anos, passou dois meses presa sob a acusação de ser a responsável pela morte do marido, o guarda municipal Eliel Silveira Levy, em 2013. No último dia 17 de setembro ela conseguiu um habeas corpus da Justiça e vai aguardar as investigações em liberdade.
Em uma entrevista ao portal G1, a cantora contou que os dois meses em que ficou presa foram de extrema provação: “Foram dias muito difíceis. Eu tive que ficar por dez dias em um local onde a porta era fechada e só meus olhos e minhas mãos podiam ser vistos, mas antes desse tempo acabar, decidiram abrir a porta e eu não precisei mais ficar trancada sem ver ninguém”, contou.
20 Kg mais magra, Tania disse que precisou se apoiar na fé e, em compensação, ouviu de Deus que em breve estaria livre: “Eu vi a mão de Deus, ele me deu um aviso de que eu poderia me apoiar nele mais ainda, e que eu seria solta em breve”, disse a cantora, que durante o período na prisão ficou na Cadeia Pública de Santa Bárbara d’ Oeste e na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu, ambas no interior de São Paulo.
De acordo com a advogada da cantora, Manuela Guedes, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de crime passional, por causa da descoberta de uma traição do marido: “A relação existiu sim, meu marido teve um caso com uma mulher, mas eu perdoei, eu entendi as razões dele, eu amava meu marido, eu jamais mataria meu marido por qualquer motivo que seja. Eu não merecia estar sendo acusada. Não entendo por que estão me acusando”, afirmou Tania.
Em sua defesa, Tania revelou – sem abrir detalhes para a imprensa – que seu marido havia se envolvido em crimes, e que sua morte seria resultado disso. “Ele se envolveu com o crime, inclusive já havia sido preso duas vezes. Tinha gente que queria matá-lo. Eu fiquei com medo de ser alvo desses criminosos também […] A polícia também tem que trabalhar com essa hipótese. Meu marido tentou esconder esse envolvimento com o crime, mas acabei descobrindo”, teorizou.
Agora, Tania quer se dedicar a provar sua inocência e, quando estiver livre de acusações, quer retomar a carreira: “Eu acredito naquilo que eu canto. Eu louvo a Deus porque foi assim que eu fui criada. Eu sou assim. Nós temos que ser aquilo que a gente prega, assim nós podemos ajudar as pessoas também. Tive medo, mas depois decidi seguir em frente por ter a certeza de que eu sou inocente e de que mais cedo ou mais tarde o culpado vai aparecer”, disse. “Eu não deveria ter sido presa porque eu quero ajudar nas investigações. Eu não matei ninguém e vou tentar provar isso”, concluiu.